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Rede de aluguel de carro convencional já funciona na capital
Curitiba tem uma rede de compartilhamento de carros convencionais. É a Fleety, uma startup lançada pelo engenheiro elétrico André Marim durante a Campus Party de 2013. A empresa se mudou para Curitiba em janeiro de 2014 e hoje faz parte do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP).
A Fleety junta, em uma plataforma online, quem quer alugar seu carro e quem precisa de um veículo. O sistema verifica o veículo no Detran e na Receita Federal e dá o "ok". O locatário paga o preço estabelecido pelo locador mais 20%, que fica com a Fleety. Hoje, segundo Marim, há 22 automóveis cadastrados.
Por enquanto, a empresa atende apenas Curitiba e alguns municípios da Região Metropolitana, como Pinhais, Campo Largo e São José dos Pinhais. Confira o site www.fleety.com.br.
A prefeitura de Curitiba quer implantar um sistema de car sharing (compartilhamento de carros alugados) na cidade. O automóvel tem de ser elétrico. Até 2015, o órgão deve abrir uma licitação para contratar o serviço, mas já existe um "namoro" com uma empresa francesa, chamada Autolib. O grupo apresentará um projeto em novembro, semelhante ao que implantou em Paris e em outras cidades da Europa. A pergunta é: será que Curitiba, que tem 1,3 carros por habitante, segundo o IBGE e o Detran-PR, precisa de mais veículos?
Para Antonio de Nes, diretor-geral no Brasil do Optness, instituto voltado ao desenvolvimento sustentável com sede em Milão, na Itália, sim. "Ano passado nós fizemos um estudo com várias cidades e vimos que Curitiba tem as melhores condições para se instalar o car sharing", conta. Eles identificaram que a capital paranaense tem certa familiaridade com sustentabilidade, tem grande concentração urbana e, na época do levantamento, registrava falta de táxis, o que foi "suprido" em meados deste ano com a liberação de novas placas.
De acordo com estudo da consultoria internacional Frost & Sullivan, o uso do sistema de car sharing também colabora com a diminuição de carros nas ruas e da demanda por estacionamento. Na Europa, por exemplo, 25% das pessoas que aderiram venderam seus próprios carros.
No papel
O projeto do car sharing de Curitiba ainda é um "embrião". A única certeza, garante a vice-prefeita Mirian Gonçalves, é que ele sairá até o ano que vem. "Em 2015, o projeto deve começar, sem dúvida nenhuma. Só falta darmos início ao processo licitatório", comenta.
A ideia é que o carro circule por toda Curitiba e região metropolitana. O percurso exato vai depender do estudo de viabilidade apresentado pelas empresas que vão participar da licitação. Para utilizar o serviço, o usuário terá de fazer um cadastro no site e receberá um cartão de identificação, que servirá também como cartão de recarga. O pagamento será cobrado conforme o tempo de uso. Em Paris, cada hora custa, em média, 10 euros ou R$ 30.
O sistema deverá contar com vagas específicas e postos de atendimento elétrico. "Nós colocaremos algumas vagas no lugar daquelas para carro tradicional, mas isso não significa perda de espaço. Acreditamos que o usuário de carro comum vai deixar o seu em casa e calculamos que um compartilhado substitua dez convencionais", conta Mirian. Os carros deverão ter autonomia de até 200 quilômetros e a bateria deverá durar de 3 a 8 horas.
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