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Carro elétrico

Curitiba “namora” car sharing

Fleety tem 22 carros de Curitiba e região cadastrados | Reprodução
Fleety tem 22 carros de Curitiba e região cadastrados (Foto: Reprodução)

A prefeitura de Curitiba quer implantar um sistema de car sharing (compartilhamento de carros alugados) na cidade. O automóvel tem de ser elétrico. Até 2015, o órgão deve abrir uma licitação para contratar o serviço, mas já existe um "namoro" com uma empresa francesa, chamada Autolib. O grupo apresentará um projeto em novembro, semelhante ao que implantou em Paris e em outras cidades da Europa. A pergunta é: será que Curitiba, que tem 1,3 carros por habitante, segundo o IBGE e o Detran-PR, precisa de mais veículos?

Para Antonio de Nes, diretor-geral no Brasil do Optness, instituto voltado ao desenvolvimento sustentável com sede em Milão, na Itália, sim. "Ano passado nós fizemos um estudo com várias cidades e vimos que Curitiba tem as melhores condições para se instalar o car sharing", conta. Eles identificaram que a capital paranaense tem certa familiaridade com sustentabilidade, tem grande concentração urbana e, na época do levantamento, registrava falta de táxis, o que foi "suprido" em meados deste ano com a liberação de novas placas.

De acordo com estudo da consultoria internacional Frost & Sullivan, o uso do sistema de car sharing também colabora com a diminuição de carros nas ruas e da demanda por estacionamento. Na Europa, por exemplo, 25% das pessoas que aderiram venderam seus próprios carros.

No papel

O projeto do car sharing de Curitiba ainda é um "embrião". A única certeza, garante a vice-prefeita Mirian Gonçalves, é que ele sairá até o ano que vem. "Em 2015, o projeto deve começar, sem dúvida nenhuma. Só falta darmos início ao processo licitatório", comenta.

A ideia é que o carro circule por toda Curitiba e região metropolitana. O percurso exato vai depender do estudo de viabilidade apresentado pelas empresas que vão participar da licitação. Para utilizar o serviço, o usuário terá de fazer um cadastro no site e receberá um cartão de identificação, que servirá também como cartão de recarga. O pagamento será cobrado conforme o tempo de uso. Em Paris, cada hora custa, em média, 10 euros – ou R$ 30.

O sistema deverá contar com vagas específicas e postos de atendimento elétrico. "Nós colocaremos algumas vagas no lugar daquelas para carro tradicional, mas isso não significa perda de espaço. Acreditamos que o usuário de carro comum vai deixar o seu em casa e calculamos que um compartilhado substitua dez convencionais", conta Mirian. Os carros deverão ter autonomia de até 200 quilômetros e a bateria deverá durar de 3 a 8 horas.

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