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Para especialistas, a capital paranaense não precisaria de grandes transformações para adequar o es­­paço urbano aos ciclistas. O pro­­ble­­ma é que as ciclovias da cida­­de fo­­ram desenvolvidas para o lazer e não pensadas como alternativa ao transporte público. Elas poderiam fa­­zer a diferença e diminuir os en­­garrafamentos, mas esbarram na fal­­ta de pre­­servação, terreno inadequado e trajetos que não são fun­­cionais. O coordenador do curso de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Uni­­versidade Católica do Paraná, (PUCPR), Carlos Hardt, argumenta que o uso dos modais é influenciado pela qualidade da in­­fraes­­tru­­tu­­ra. Sem boas vias para pedalar, se­­gurança e o respeito dos motoristas, as pessoas não usarão a bicicleta.

Hardt afirma que o cidadão es­­colhe seu meio de transporte em função dos benefícios. Se puder gastar menos e ter mais qualidade de vida, esta será sua opção. "Como política pública, o Estado deve oferecer boas condições de deslocamento e aumentar o incentivo para meios mais limpos." A cidade tem boas condições urbanísticas e geográficas para a escolha da bicicleta como alternativa de transporte. "Curitiba pode mais uma vez ser exemplo para o Brasil."

O urbanista e professor do curso de Arquitetura e Urba­­nismo da UFPR Luis Henrique Cavalcanti Fragomeni diz que a rede de transporte é mais eficiente se possibilitar ao usuário várias alternativas e for multimodal, unindo o ônibus com o táxi, com a bicicleta e com o pedestre.

Diretora de trânsito da URBS, Rosângela Battistella diz que a prefeitura já está concluindo estudos para incorporar as bicicletas ao transporte coletivo (veja box abaixo). "Nos­­sa frota circulante hoje é de 350 mil veículos por dia, em mé­­dia. Se reduzíssemos 10%, seriam 30 mil a menos. Faria uma grande diferença."

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