Não está fácil...| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

Baixa umidade do ar prejudica a saúde da população

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Calor dos últimos dias antecipou a floração do ipê amarelo e outras espécies em Curitiba
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Mesmo durante o inverno, as altas temperaturas e o clima seco atingiram todo o Paraná durante esta semana. De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar, nesta quinta-feira (4), Curitiba registrou 30,8°C, a mais alta temperatura do período desde 1997, quando a medição começou a ser feita diariamente. Nas ruas da capital, os termômetros chegaram a registrar 32°C durante a tarde desta quinta.

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O meteorologista do Instituto Climatempo, André Madeira, explica que uma massa de ar quente está no estado desde o início da semana, porém, a partir desta sexta-feira (5), uma frente fria chega ao Paraná e deixa o tempo instável na maioria das regiões. Madeira afirma que a umidade relativa do ar se manteve baixa pelas altas temperaturas, e em Curitiba, chegou a marcar 23%. Maringá teve 20%. Diamante do Norte registrou 19%. Paranapanema apresentou a mais baixa umidade relativa do ar, com 15%. No Norte, o índice chegou a 20%.

De acordo com o Simepar, nesta sexta-feira, pancadas de chuva podem ocorrer no Oeste e Sudoeste durante a manhã, enquanto ao longo do dia, no Leste e região Central do estado. Também há previsão de ocorrência de rajadas moderadas a fortes de vento.

Previsão

A previsão do tempo para esta sexta é de frio no estado. A maioria das regiões fica com o céu nublado e possibilidade de chuva. Curitiba registra máxima de 25°C e mínima de 13°C. Paranaguá, Litoral, marca 27°C de máxima e 14°C de mínima. Em Londrina, Norte, a máxima é de 27°C e a mínima de 16°C. Maringá, Noroeste, registra máxima de 32°C e mínima de 18°C. Cascavel, Oeste, fica com 24°C de máxima e 17°C de mínima. Em Foz do Iguaçu, Oeste, os termômetros marcam máxima de 24°C e mínima de 18°C. Ponta Grossa, Campos Gerais, tem mínima de 14°C e máxima de 24°C.

Primavera

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O calor dos últimos dias também antecipou a chegada da primavera. A estação, que começa oficialmente dia 21 de setembro, parece já existir por causa da floração de algumas espécies, entre elas o tradicional ipê amarelo.

O biólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Luiz Antônio Acra, diz que a alteração na temperatura fora de época influenciou na floração de plantas e árvores. "Os ipês roxo e amarelo tiveram antecipação de um mês no seu ciclo", afirma.

Essa antecipação não é exclusividade deste ano, mas vem acontecendo há algum tempo. Segundo o professor, o ipê amarelo já passou por duas florações esse ano. "Uma aconteceu no final do mês de julho, quando o normal seria em setembro", diz Acra.

A modificação na vegetação afeta algumas espécies de animais, como os insetos polinizadores que têm seu ciclo modificado para se adequar às plantas. "Fauna e flora tentam se adequar aos ciclos de temperatura, assim como a vegetação também altera o clima. É um ciclo que foi modificado pelo homem, e dificilmente pode ser recuperado", comenta o biólogo.