Cronologia
Casos de quedas de árvores são comuns, mas não são muitos que causam mortes. Relembre alguns episódios que aconteceram em Curitiba e na região metropolitana:
5 jan 2012 Um galho de árvore caiu e matou um homem, Ari Mussum, e feriu outro em Rio Branco do Sul, na região metropolitana.
Jun 2011 Um idoso foi atingido por galhos de uma árvore em frente da sua residência, na Rua Guilherme Pugsley, no Água Verde. A rua é uma das vias com maior concentração das árvores antigas de maior porte. Muita chuva e ventania causaram a queda.
Jan 2004 Um casal que caminhava pela Praça Santos Andrade, no Centro, foi atingido pela queda de uma araucária, de mais de 50 anos. Fábio Maurício Gubava, de 19 anos, morreu na hora e a Li Kwan Zhen, de 24, chegou a ser encaminhada ao pronto-atendimento, mas acabou morrendo.
A queda de uma árvore de grande porte no bairro Rebouças, em Curitiba, causando a morte de um motorista que passava pelo local, evidencia a necessidade de uma rearborização da capital e a retirada de árvores antigas e grandes demais para a paisagem viária. Uma razão para isso seria que, mesmo com vistorias anuais, a própria Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) afirma não ter como prever a queda das árvores.
Segundo a SMMA, são cerca de 300 mil unidades de arborização viária na cidade, mas não se tem um levantamento de quantas são de grande porte. As árvores maiores, como tipuanas, angicos e monjoleiros, foram plantadas na década de 1970 e não são mais usadas hoje em dia. Ruas de grande movimento, como a Silva Jardim, Getúlio Vargas, Iguaçu, México e Victor Ferreira do Amaral, são as que concentram a maior parte das árvores com mais de 40 anos.
O superintendente de obras e serviços da SMMA, Sérgio Tocchio, afirma que há um plano de arborização pública. "Nós fazemos um diagnóstico dessas árvores, para levantar a idade, condições sanitárias e se a espécie é adequada para a região. De lá, partimos ou para a poda ou para a remoção e substituição", explica. A substituição é gradual e por enquanto passou apenas nas regiões do Sítio Cercado e Boqueirão.
Os 120 funcionários, divididos em 15 equipes, fazem em média 3.500 podas por mês. Entre elas estão as podas programadas e as de emergência, seja por pedidos pelo 156 ou por causa de perigo iminente. Somente no ano passado, 13 mil solicitações foram atendidas pela SMMA.
Instabilidade
Para o professor de Botânica da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Luiz Antônio Acra, a instabilidade dessas árvores vem de diversos fatores. "Primeiro, elas não têm o apoio que teriam no meio das florestas e por serem mais antigas já há uma instabilidade. Outra razão é o tipo de poda, que tira a estabilidade delas", explica. A poda dessas árvores é feita em formato de "V" para não afetar os cabos de luz.
Acra também afirma que a troca dessas árvores de grande porte por diversas menores ajudam na eficiência da arborização. "Essas árvores perdem muitas folhas e não são eficazes como sombra ou reguladoras de temperatura. Além disso, elas causam muita sujeira e exigem mais manutenção", conta. Espécies como o dedaleiro, os ipês e árvores frutíferas como o araçá são algumas das opções para substituição, segundo o botânico.
Prejuízo recorde ressalta uso político e má gestão das empresas estatais sob Lula 3
Moraes enfrenta dilema com convite de Trump a Bolsonaro, e enrolação pode ser recurso
Carta sobre inflação é mau começo para Galípolo no BC
Como obsessão woke e negligência contribuíram para que o fogo se alastrasse na Califórnia
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora