Para atingir o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) ideal, Curitiba teria que garantir acesso pleno à saúde, educação e renda a mais 275,5 mil pessoas, equivalente a 14,8% da população total, estimada em 1.864.416 em 2014 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número foi obtido por meio de um estudo feito pelo Observatório de Informações Municipais divulgado nesta terça-feira (31). A publicação tem abrangência nacional e mostra de forma diferente os números do IBGE em relação ao IDH.
Para exemplificar, em uma escala que varia de 0 a 1, o IDH atual de Curitiba é de 0,852. Para chegar aos dados da capital paranaense – assim como das outras cidades – o Observatório calculou 1 menos 0,852. O resultado nesse caso é de 0,148, que representa o que foi denominado de Índice de Carência Humana (ICH). Os 0,148 representam, proporcionalmente, 275,5 mil pessoas abaixo do que se espera para o mundo “ideal” de desenvolvimento – nível 1.
O gestor do Observatório de Informações Municipais, François E. J. de Bremaeker, explica que as pessoas que se encaixam no ICH têm acesso a restrito a pelo menos um dos itens que compõem o cálculo do IDH: saúde, renda e educação. “O IDH chega a um número relativo, não há como detalhar apenas por esses números que tipo de condições um número tão grande de pessoas está submetida.” Portanto, segundo o professor, dentro dos 275,5 mil de Curitiba deve haver pessoas miseráveis e também pessoas com condições mais próximas do desenvolvimento.
Na lista dos 120 municípios com o maior número de pessoas enquadradas no ICH, Curitiba aparece na 10.ª posição em números absolutos. Outras sete cidades paranaenses aparecem nessa lista: Londrina (107.080), Ponta Grossa (67.643), Maringá (64.552), São José dos Pinhais (57.767), Foz do Iguaçu (56.368), Cascavel (56.285) e Colombo (51.905).
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) tem três bases para ser calculado. Um deles é a renda média, obtida pela divisão da Renda Nacional Bruta pelo número de habitantes. Outro aspecto é a saúde, que se mede pela longevidade dos habitantes. Fecha o tripé do IDH o acesso ao conhecimento, com base em uma série de cálculos de expectativa de anos de estudo. O IDH serve de contraponto ao Produto Interno Bruto (PIB), ainda mais generalista que o IDH. A Organização das Nações Unidas tem no IDH uma ferramenta importante, mas reconhece que há outros aspectos de desigualdade a serem analisados, como desigualdade social e de gênero.
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