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De acordo com um levantamento feito em novembro pelo Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Derivados (Sindicombustíveis), dos 392 postos filiados à entidade na capital, 51 (13%) estão desativados. Entre estes, pelo menos dez não têm tapumes que impeçam a entrada no local, como exige legislação municipal. "É um problema sério, porque o estabelecimento vai se deteriorando e criando uma situação de risco. Quando o posto está fechado, existe, no mínimo, a chance de contaminação do solo", diz o presidente do Sindicombustíveis Roberto Fregonese. As informações são da repórter Patrícia Künzel, da Gazeta do Povo.

Há um ano, o risco de explosão nos postos do Boqueirão e Prado Velho foi eliminado com a retirada de restos de combustíveis e dos tanques e tubulação do subsolo, após uma notificação feita pela Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi). Apesar de ter conseguido a retirada do equipamento, a fiscalização da prefeitura não impediu o avanço de outros problemas gerados pelo abandono dos postos.

A dona de casa Maria Lourdes Gessner, de 60 anos, que mora ao lado do posto do Boqueirão, diz que já ligou reclamando na prefeitura centenas de vezes. "O lugar cheira a ovo podre, por causa das pessoas que vivem ali e do lixo que os vizinhos jogam. Sem falar em ratos e baratas que saem de lá. Meu pai estava em tratamento de saúde e precisava da casa ventilada, mas não tínhamos condição de abrir a janela", diz ela.

A urgência que a população espera da prefeitura no atendimento das reclamações contra o abandono dos postos esbarra num jogo de empurra. "No caso dos postos, normalmente há questões judiciais entre o proprietário e a bandeira. Nós notificamos o proprietário, que via de regra entra com recurso negando a responsabilidade pelo abandono. Este recurso precisa ser analisado e normalmente tem de esperar a decisão judicial para chegar a uma definição", explica o diretor do Departamento de Fiscalização da Secretaria Municipal de Urbanismo, José Luiz Mello Felippetto. Segundo ele, a prefeitura não pode simplesmente entrar no local, fazer a limpeza e lacrar. "Dinheiro público não pode ser gasto em propriedade particular. A manutenção da limpeza do local é responsabilidade do proprietário", justifica.

Leia a reportagem completa na Gazeta do Povo. Conteúdo aberto apenas a assinantes.

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