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Léia Alves Ribeiro, de Almirante Tamandaré, com Caio: ela bem que tentou, mas há cinco anos espera uma vaga em creche | Antônio Costa / Gazeta do Povo
Léia Alves Ribeiro, de Almirante Tamandaré, com Caio: ela bem que tentou, mas há cinco anos espera uma vaga em creche| Foto: Antônio Costa / Gazeta do Povo

A vendedora Léia Alves Ribeiro, moradora de Almirante Taman­­daré, região metro­­politana de Curitiba (RMC), inscreveu seu filho nas creches da cidade quando ainda estava grávida, cinco anos atrás. O pequeno Caio nunca foi chamado. Como precisava voltar ao trabalho, Léia colocou o filho em uma creche em Curitiba, no bairro Barreirinha, onde pagava R$ 90 para que a criança ficasse na escola em período integral.

Entretanto, esta escola parou de receber subsídios da prefeitura de Curitiba e se tornou particular, cobrando mensalidade maior. Assim, a vendedora voltou a procurar um local para deixar Caio. Apesar de ter uma creche em frente à sua casa, Léia não consegue vagas em Almirante Tamandaré. E em Curitiba, onde trabalha, as escolas de educação infantil dão preferência a moradores da capital.

"O município de Tamandaré deveria ter vagas, mas poucas têm, a situação é precária: muitas creches não dispõem nem de profissionais, nem de recursos. Não teria como deixar meu filho em um lugar desses e ir trabalhar sossegada", concluiu.

90% fora

O Ministério Público do Paraná estimou que em Almirante Tamandaré 90% das crianças entre 0 a 3 anos estavam fora das creches em 2010. A estimativa não é exata, pois trabalha com uma projeção do número de crianças. Em Curitiba, seriam cerca de 53 mil crianças à espera de vagas. Segundo a superintendente executiva da secretaria de Educação de Curitiba (SME), Daniele Regina dos Santos, são poucos os casos de atendimento de creches curitibanas a moradores da região metro­­politana de Curitiba (RMC).

Daniele também destaca que a cidade não trabalha com a estimativa de crianças de 0 a 3 anos para calcular a demanda. "Nós contamos a demanda manifesta, que consiste no registro de pais que procuram as creches para matricular seus filhos. Atual­­mente ela é de cerca de 9 mil vagas", afirma. A SME destaca que a cidade tem disponíveis hoje 42 mil vagas de educação infantil, divididas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), nos centros de educação infantil conveniados e nas escolas municipais que também ofertam esse tipo de atendimento.

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