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Segurança

Curitiba tem mais de mil mortes violentas em quase cinco meses

Fêmea de chimpanzé com filhote: "assassina por natureza" ou por graça das circunstâncias? | Reuters/Arquivo
Fêmea de chimpanzé com filhote: "assassina por natureza" ou por graça das circunstâncias? (Foto: Reuters/Arquivo)

Os casos de morte violenta na capital estão chamando a atenção. É o que mostra uma reportagem especial do Paraná TV desta terça-feira (15). Até segunda (14), o Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba registrou 1.128 mortes violentas. De 1º de janeiro a 30 de abril, foram 1.071 mortes das mais variadas causas em Curitiba e região metropolitana, uma média de oito por dia. Destas, 495 foram assassinatos, uma média de quatro por dia. A maioria se refere a acerto de contas entre traficantes de drogas.

A segunda causa mais comum é por motivo banal, como crimes provocados por discussão, envolvendo bebidas, ou passionais. Nestes casos, a polícia diz que pouco pode fazer. "Na via pública, aí nós temos como interferir, porém muitos crimes independem da ação do estado. Não tem como o estado controlar um homicídio que ocorre no interior de uma residência ou dentro de um estabelecimento comercial", afirma o tenente coronel Jorge Costa Filho, da Polícia Militar. De acordo com o IML, também foram registrados 50 casos de suicídio e 204 mortes por afogamento, explosão ou queda.

As outras mortes aconteceram nas ruas, por conseqüência da violência no trânsito. Os acidentes de trânsito de qualquer natureza totalizaram 278 mortes nos primeiros quatro meses do ano. Os atropelamentos são os acidentes que mais matam pessoas. Este ano, somente na capital, foram 21 mortes desse tipo. Em toda a região metropolitana, foram 26 mortes. Mas o número pode ser maior, pois esta quantidade representa os casos em que o Siate foi chamado para atendimento das vítimas.

Mas nada é tão grave quanto um ferimento por arma de fogo, principal causa de morte entre todas as ações violentas. O IML não tem estatísticas, mas somente nos casos em que os bombeiros foram chamados, 162 pessoas morreram a tiro em Curitiba e região. "A incidência de ferimentos por arma de fogo é bem menor do que as relativas ao trânsito, mas a mortalidade é bem maior", afirma o tenente Leonardo Mendes, do Corpo de Bombeiros.

Esta semana, uma dessas mortes chamou a atenção da população, a do menino Elvis Henrique Iriguti, de 12 anos, no bairro Parolin. Ele foi atingido no coração, perto de casa, enquanto a família organizava o almoço do Dia das Mães, no último domingo (13).

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