Quatro dias após a tarifa de ônibus aumentar de R$ 3,70 para R$ 4,25, Curitiba enfrenta nova greve parcial de ônibus. Cerca de 1,2 mil motoristas da empresa Araucária Filial decidiram cruzar os braços por causa do atraso no vale-mercado. Funcionários da empresa Transtupi, que atende Araucária e uma linha da região Sul de Curitiba, também estão sem trabalhar.
Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc), o valor devido aos funcionários da Araucária Filial é de R$ 500. A Transtupi, que tem 40 funcionários, está com salários e vale pendentes. Procurado, o Setransp, sindicado das empresas, ainda não se manifestou sobre a paralisação.
O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) informou que a Araucária Filial realizou nesta manhã o pagamento do vale-alimentação e garantiu que o serviço deve ser 100% normalizado no início da tarde desta quinta-feira (9).. A expectativa do Sindimoc é que todas as pendências sejam quitadas até meio-dia.
O indicativo de greve já estava aprovado com motoristas e cobradores das duas empresas, que só prometem voltar com o dinheiro na conta.
Segundo lista do Sindimoc, dos 21 ônibus operados pela empresa Araucária Filial, nove não têm operação compartilhada com outras empresas . Isso significa que nenhuma destas nove está operando durante a paralisação dos trabalhadores. São elas: Augusta; Campina do Siquera-Batel; Jd. Esplanada; Mossunguê; Nsa; Sra. da Luz; Tramontina; V. Marqueto; V. Sandra e V. Verde.
Na capital, são afetadas parcialmente linhas como o expresso Centenário Campo-Comprido, Interbairros IV, Interbairros V, Inter 2 horário e anti-horário e Detran-Vicente Machado - que também são operadas paralelamente por outras empresas.
A Araucária Filial atende, principalmente, linhas do Leste e Sul de Curitiba, linhas metropolitanas de Araucária, de Contenda e de Campo Largo.
Já aTranstupi atua quase 100% em Araucária, com apenas uma única linha que liga o município a Curitiba, a Tupi-Pinheirinho, que está sem funcionar.