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Quem tem a sensação de que está chovendo além da conta em Curitiba está certo. Desde fevereiro de 2011 não chovia tanto em um único mês na cidade - isso observando-se que os períodos de verão são comumente chuvosos e o inverno costuma ser mais seco. Os 301,2 milímetros de água que caíram em Curitiba até o momento, em junho, já bateram outra marca. Desde que o Simepar passou a fazer monitoramento pluviométrico, em 1997, este é o junho mais chuvoso na capital. Essa distorção na curva histórica também vale para a maior parte do Paraná.

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De acordo com o meteorologista Paulo Barbieri, a média histórica curitibana para junho é de 116 milímetros. "Este ano foi atípico", comenta. E para quem está incomodado com tanta chuva, as perspectivas não são nada animadoras. O Simepar prevê que o sol aparece em alguns momentos, mas que pancadas devem ser registradas na quarta e na quinta-feira.

Veja no gráfico o índice de chuvas

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"É resultado da atuação de áreas de instabilidade que se formaram sobre o Paraguai, ampliadas pela passagem de uma frente fria pelo oceano", conta. Para sexta e sábado estão previstas chuvas contínuas. Com mais água caindo até o fim de junho, o recorde aumentará ainda mais. Estragos

Mais de 6,7 mil residências em todo o Paraná foram danificadas por causa das fortes chuvas dos últimos seis dias. No total, 60.404 pessoas foram afetadas em 45 cidades do estado. Mais de 12 mil pessoas ficaram desalojadas (tiveram que sair de casa temporariamente), sendo que 1.448 continuam nesta condição nesta terça-feira (24).

O número de desalojados era bem maior até o meio dia de hoje. A diferença se deve ao retorno de 10 mil pessoas às suas casas em São José dos Pinhais. Elas estavam desalojados desde a sexta-feira (21) por causa de alagamentos na cidade. Somente neste município, cerca de 3,4 mil casas foram danificadas em decorrência das chuvas. "Ainda estamos fazendo monitoramento. Continua chovendo, mas está mais fraco, não tem mais alagamento. Os moradores retornaram com a recomendação de ficarem alertas", explicou o Tenente Marcio Vidal, da Defesa Civil.

Desde o dia 19, 832 paranaenses ficaram desabrigados (tiveram que deixar suas casas e ir a um abrigo). Desse número, 377 continuam nesta situação. 10 pessoas ficaram feridas no município de Ipiranga e outras duas em Telêmaco Borba por causa dos efeitos das chuvas.

Nesta terça-feira, 350 pessoas ficaram desalojadas em Telêmaco Borba devido a um deslizamento de terra. Outras cinco tiveram que deixar suas casas em Paranaguá pelo mesmo motivo. 26 residências foram danificadas em inundações em Jataízinho.

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Ontem, segunda-feira (24), 120 moradores de Dois Vizinhos ficaram desabrigados devido a fortes enxurradas. Três casas de Pitanga, outras três de Teixeira Soares e uma de Ponta Grossa sofreram avarias pelas chuvas intensas. O balanço com os estragos pela chuva foi atualizado pela Defesa Civil às 18 horas desta terça-feira.

Em Laranjeiras do Sul, no Sudoeste, mãe e filha morreram soterradas depois que um barranco cedeu na quinta-feira (20). Estas foram as únicas mortes registradas em decorrência da chuva até agora no estado.

Estradas do Paraná têm bloqueios

Há vários pontos interditados em pelo menos cinco estradas do Paraná devido às fortes chuvas que caíram nos últimos dias. Confira as informações das polícias rodoviárias Federal e Estadual e algumas rotas alternativas.

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