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Medicina nuclear

Curitiba vira referência em pesquisa com acordo da ONU

Marisa Monte no palco do Teatro Guaíra, em Curitiba, em abril de 2006 | Pedro Serápio - Arquivo GP
Marisa Monte no palco do Teatro Guaíra, em Curitiba, em abril de 2006 (Foto: Pedro Serápio - Arquivo GP)

Um convênio assinado com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da Organização das Nações Unidas (ONU), colocou Curitiba entre as cidades referência para treinamentos na área de medicina nuclear. A parceria foi firmada com a Clínica Quanta Diagnóstico Nuclear, no fim do mês passado, em reunião na Áustria.

A medicina nuclear é um ramo que utiliza pequenas quantidades de substâncias radioativas para diagnosticar ou tratar certas doenças. Por meios não invasivos, ou seja, sem a necessidade de cirurgia, é possível observar o estado fisiológico de tecidos e órgãos. Esses exames, freqüentemente conseguem detectar anormalidades nas funções orgânicas de forma precoce, o que permite o tratamento ainda no estágio inicial. O procedimento é indolor, uma pequena quantidade de material radioativo é inserido no organismo via injeção, oral ou inalação. Depois disso uma câmera especial capta imagens internas para o diagnóstico. "É algo valioso para a racionalização de recursos financeiros. Com esses exames, além do diagnóstico preciso, conseguimos selecionar os pacientes que realmente precisarão de intervenção cirúrgica", afirma o cardiologista, médico nuclear e diretor da clínica, João Vítola.

O médico explica que o convênio permitirá que médicos de outros países venham à capital paranaense participar de treinamentos. "A idéia é contribuir para a disseminação de informações e técnicas para outros países em desenvolvimento", explica. Segundo ele, a ONU está interessada em levar o conhecimento da medicina nuclear a países que ainda não dominam a tecnologia. "A parceria permitirá também a inclusão de Curitiba em protocolos de pesquisas internacionais", ressalta. Vítola conta que o primeiro estudo mundial do qual a cidade fará parte será sobre casos de enfarte do miocárdio de difícil diagnóstico, nos quais a medicina nuclear pode ser útil. Além do Brasil, outros oitos países farão parte da pesquisa.

Visitas

Já nos próximos dias, um médico da Venezuela virá conhecer o trabalho da clínica na área de cardiologia. Além de trazer médicos de fora para receberem treinamento em Curitiba, Vítola, que tornou-se consultor da AIEA na área de cardiologia nuclear e irá ministrar palestras em outros países. A primeira já está marcada para ocorrer em Havana, em Cuba, em janeiro. Além da clínica em Curitiba, o Instituto do Coração, em São Paulo também participa de iniciativas semelhantes.

Segundo Vítola, a parceria ajudará a colocar o nome de Curitiba e do Brasil no cenário da Medicina em todo o mundo. "Participar e contribuir com estudos científicos internacionais é importante para mostrar que o país também é referência em capital humano e pesquisas", avalia.

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