Em meio ao feriado prolongado, alguns curitibanos aproveitaram a folga de ontem para doar sangue. O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) foi um dos bancos de sangue da capital que mantiveram o posto de coleta funcionando, mesmo com muitos funcionários em recesso. "Nem sempre as pessoas têm tempo de doar. Um dia em que a maioria não trabalha ou sabe que vai poder descansar no dia seguinte é ideal", explica o diretor-geral do Hemepar, Paulo Roberto Hatschbach.
E a população correspondeu à expectativa. "O movimento foi um pouco maior do que o normal", conta o técnico em enfermagem Robson Cruz. O analista administrativo Pedro Robson Ferreira tinha parado de doar sangue por causa de uma cirurgia feita há um ano e meio. Quando soube que o estoque do Hemepar estava baixo, resolveu voltar às salas de coleta. "Conheço muitas pessoas que precisaram de doações como essa para continuar a viver. Meu tipo sanguíneo é O negativo, doador universal, então, tenho todos os motivos para continuar doando", diz Ferreira, que aproveitou o trânsito tranquilo para fazer a doação.
O paisagista Francisco Sanches, 48 anos, doou sangue pela primeira vez ontem. "Sempre tive vontade de doar, pois sei o quanto é importante. O feriado foi um estímulo a mais, já que posso aproveitar a folga e também por ser uma época de muitos acidentes", diz. O servidor público Emerson Santos é doador há 10 anos e também aproveitou a folga para colocar a carteirinha de doador em dia. "Assisti a uma palestra sobre doação de sangue na faculdade e desde então pratico esse gesto", diz. O técnico em eletrônica Marcelo Mariano doa sangue há 22 anos. "São poucas as coisas que podemos fazer pelos outros. O que está ao meu alcance, eu faço", diz Mariano, que também é doador de medula e de órgãos.
Em falta
Apesar do aumento de doações, o número ainda não é o ideal. "Seria bom se tivéssemos uma média de 150 doações por dia", diz Hatschbach. O banco de sangue da Santa Casa e o Hemobanco, em Curitiba, também mantiveram as salas de coleta operando ontem.