Uma ameaça silenciosa e quase invisível ronda os cidadãos de algumas regiões de Curitiba. São as abelhas, que de tempos em tempos escolhem árvores das vias públicas ou de terrenos particulares para construir suas colméias. Com a primavera, elas entram no pico de atividade e podem se tornar agressivas caso se sintam ameaçadas. E o pior é que não há ninguém a quem a população possa recorrer para combatê-las.
O comerciante Roosevelt Schmöller, que tem uma loja de azulejos no número 264 da Rua Munhoz da Rocha, no Cabral, sentiu isso na pele. Há algum tempo ele sofre com os insetos, que escolheram uma árvore da calçada em frente ao seu estabelecimento para construir o seu ninho. "Tem dias que isso aqui enche de abelhas e elas atacam quem estiver por perto. Os clientes ficam até com medo de entrar aqui", relata. "Semana passada, quando o jardineiro veio cortar a grama e limpar o terreno, elas ficaram enfurecidas. Foram para cima dele e ele teve que parar o serviço."
Segundo o comerciante, ninguém é capaz de solucionar o problema: "Já liguei para a prefeitura e disseram que eles não mexem com esse tipo de coisa. Tentei os bombeiros, eles disseram que não podem fazer nada sem a autorização da Secretaria do Meio Ambiente. Tentei até a Defesa Civil e não teve jeito. Agora, se eu resolver colocar gasolina ali e botar fogo, e a árvore sofrer algum dano, em meia hora vem até o FBI."
A assessoria da Secretaria Municipal do Meio Ambiente informou que a prefeitura de fato não faz esse trabalho de controle e extermínio das abelhas, a não ser quando depara com uma colméia durante a poda de árvores nas ruas ou quando elas são detectadas em equipamentos e instituições públicas escolas, creches, hospitais. Portanto, não há como solicitar esse tipo de serviço pelo telefone 156. A atribuição seria do Corpo de Bombeiros. A reportagem entrou em contato com o setor de relações públicas da corporação, mas não houve retorno.
Na Vila Fanny, também em Curitiba, o problema ontem era outro: as constantes fugas de dois cachorros da raça rottweiler, mantidos por uma empresa de locação de cães para tomar conta de uma casa desocupada. "Além de muitas vezes deixá-los sem água e sem comida, os cachorros vivem escapando e já chegaram a morder o pessoal aqui na rua", conta o gerente de transporte Agnaldo Lemes Gonçalves, que trabalha na região. "Sem falar na sujeira. Eles não limpam o terreno e o mau cheiro é grande, principalmente no calor."
Jair Pereira, o proprietário da empresa locatária de cães, nega que os animais sejam maltratados. "Deixamos água e comida no máximo a cada dois dias. Quando um cachorro é mal-alimentado, você percebe quando olha para ele. Essa confusão foi porque um malaco foi lá ontem, arrebentou o portão e os cachorros acabaram fugindo. Mas nós fomos até lá assim que nos avisaram e eu mesmo levei a tela para fechar novamente a entrada. No máximo até amanhã (hoje), vamos colocar um cadeado do outro lado do portão e o problema estará resolvido."
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