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Muita gente no PT já sabe e festeja nos bastidores: as contas da campanha de Geraldo Alckmin, o candidato do "choque de gestão", não vão fechar. Integrantes da coordenação admitem um rombo de R$ 10 mi relativo a "material gráfico e serviços gerais". Reconhecem ainda uma "pequena" dívida com a equipe de marketing.

Entre os tucanos, porém, há quem afirme que o buraco é maior, e que entre as despesas listadas existem algumas de difícil comprovação, caso de uma grande contratação de kombis no segundo turno.

As campanhas têm até a próxima terça para entregar sua prestação final de contas. Pela minirreforma eleitoral aprovada este ano, o candidato é diretamente responsabilizado por eventuais irregularidades.

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Ninguém viu – Na lista de incentivos da Petrobrás a Sergipe, terra de seu ex-presidente José Eduardo Dutra, um chama especial atenção: o "São João Multicultural". A empresa que recebeu R$ 815 mil para realizar o evento desapareceu sem deixar rastros. Lé com cré – Na próxima semana, a CPI dos Sanguessugas vai solicitar à PF novos dados do sigilo de Expedito Veloso. Há informação de que o petista telefonou para um advogado ligado à Petrobrás no meio da operação dossiê. Para o ano – Vitaminada pelos cruzamentos de dados dos "aloprados", a oposição já busca assinaturas para instaurar uma nova investigação em 2007, caso a atual legislatura termine sem um desfecho para o caso do dossiê. Não dá mais – O PSDB alertou seus senadores: chega de segurar a barra de Aloízio Mercadante. Logo depois das eleições, Arthur Virgílio procurou o deputado tucano Jutahy Jr. para pedir que o correligionário pegasse mais leve com o petista, chefe do homem da mala do dossiê. Quem avisa... – Um petista que viveu de perto a derrota para a presidência da Câmara em 2005 adverte: se Lula nomear o ministério só depois da eleição da Mesa, haverá disputa entre os partidos da base, com desfecho imprevisível. "Ele tem de chamar os interessados antes", avalia. Pote de mágoa – Quem conversou esta semana com Inocêncio Oliveira (PL-PE) saiu com uma certeza: o primeiro-secretário pode ser candidato ou apoiar qualquer um que possa derrotar Aldo Rebelo (PC do B-SP). Ele foi um dos mais atingidos com o corte de assessores especiais determinado pela Casa.

Saudações – Raúl Reyes, porta-voz das Farcs colombianas, divulgou carta parabenizando Lula pela reeleição. O guerrilheiro disse que manterá a política de "boa vizinhança" e que está aberto "ao estabelecimento de relações políticas com todos os governos" dos países fronteiriços. No telhado – Quem esteve com Lula saiu com a impressão de que Roseana Sarney ficará sem ministério. No reparte entre aliados, não existiriam vagas suficientes para nomeá-la e ao mesmo tempo manter a cota de cargos de José Sarney no setor elétrico. Por um fio – A nomeação de Benedita da Silva para a Secretaria de Ação Social acelerou a já avançada deterioração do relacionamento de Sérgio Cabral com Anthony Garotinho. O ex-governador já critica abertamente o aliado e se declara traído. Só love – Sérgio Cabral e Aécio Neves, "vizinhos" e mais novos melhores amigos, embarcam hoje juntos para Washington. Além de ir ao Bird, Cabral deve tentar bater o martelo com Joaquim Levy, convidado para a Fazenda.

Na pista – Mais uma vítima do apagão aéreo, Aécio esperou ontem duas horas para decolar rumo a uma reunião com prefeitos em Pouso Alegre. Quando autorizado a levantar vôo, já estava em cima da hora para ir a São Paulo encontrar a cúpula tucana.

TIROTEIO

* Do senador Heráclito Fortes (PFL-PI) sobre o deputado eleito Juvenil Alves (PT-MG), preso pela Polícia Federal sob a acusação de integrar organização criminosa suspeita de ter desviado R$ 1 bilhão.

– Se Juvenil roubou R$ 1 bilhão, imagine quando for adulto.

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