Primeiros estudos apontam que estrutura não foi comprometida.| Foto: Gilberto Marques/A2IMG

Brigadista

Ronaldo Pereira da Cruz, de 39 anos, o brigadista que morreu durante o incêndio no Museu da Língua Portuguesa, entrou duas vezes no local durante o incêndio, e saiu de lá com colegas. Na terceira vez que entrou, não voltou mais. Ele foi encontrado na escada da torre onde as chamas tiveram início. O brigadista trabalhava há quatro anos no local. Cruz também já havia trabalhado no Museu do Ipiranga, que está fechado há um ano por falta de manutenção. Segundo familiares, ele queria ser bombeiro desde criança.

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A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros suspeitam que um curto-circuito pode ter iniciado o incêndio que na tarde de segunda-feira (21), destruiu, 75% de um dos lados do Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, região central de São Paulo. De acordo com Milton Persoli, coordenador municipal da Defesa Civil, as chamas surgiram em uma das torres do prédio. “Eles disseram que tiraram a luminária e quando foram colocar a outra, já estava pegando fogo”, disse.

Ainda segundo Persoli, os danos parecem não ter comprometido a estrutura do prédio no prédio que abriga a estação. Mesmo assim, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) deve fazer uma varredura em todo o prédio. O Corpo de Bombeiros quer saber, por exemplo, se a movimentação dos trens pode aumentar uma trinca que surgiu na face interna do lado da Rua Mauá. O fogo atingiu a metade do prédio voltada ao Parque da Luz.

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Por isso, a circulação dos trens das linhas 11-Coral e 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) permanece interrompida. Segundo Persoli, a normalização “não deve acontecer tão cedo” e depende do laudo final dos engenheiros e autoridades.

O tenente-coronel Denilson Storai, comandante do 2° Grupamento dos Bombeiros (GB), explicou que o fogo se alastrou “logo no início do incêndio”. O combate às chamas durou cinco horas. “O prédio é muito antigo, tem bastante madeira e material combustível”, disse o oficial.

O Museu da Língua Portuguesa não estava nem com o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) nem alvará de funcionamento da Prefeitura de São Paulo em dia. Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que a documentação para o funcionamento do local estava em análise, apesar de funcionar desde 2004.