| Foto: Daniel Mello/Agência Brasil

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros suspeitam que um curto-circuito pode ter iniciado o incêndio que destruiu 75% de um dos lados do Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, região central de São Paulo. O relato foi feito por funcionários da unidade cultural. De acordo com Milton Persoli, coordenador municipal da Defesa Civil, as chamas surgiram em uma das torres do prédio. “Eles disseram que tiraram a luminária e quando foram colocar a outra, já estava pegando fogo”, disse.

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Após mais de 12 horas, Bombeiros atuam no rescaldo de incêndio no museu

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Ainda segundo ele, os danos no prédio que abriga a estação parecem não ter comprometido a estrutura do prédio. Mesmo assim, as equipes que trabalham no local aguardam a chegada do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para fazer uma varredura em todo o prédio. O Corpo de Bombeiros quer saber, por exemplo, se a movimentação dos trens pode aumentar uma trinca que surgiu na face interna do lado da Rua Mauá. O fogo atingiu a metade do prédio voltada ao Parque da Luz.

Por isso, a circulação dos trens das linhas 11-Coral e 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) permanece interrompida. Segundo Persoli, a normalização “não deve acontecer tão cedo”, a depender do laudo final dos engenheiros e autoridades no local.

O tenente-coronel Denilson Storai, comandante do 2° Grupamento dos Bombeiros (GB), explicou que o fogo se alastrou “logo no início do incêndio”. O combate às chamas durou cinco horas. “O prédio é muito antigo, tem bastante madeira e material combustível”, disse o oficial.

Segundo ele, o brigadista que morreu foi encontrado na escada da torre onde o incêndio se iniciou. “Provavelmente foi o calor e a fumaça (que ocasionaram a morte). A situação estava grave desde o início.”

O incêndio

De grandes proporções, o incêndio começou na tarde de segunda-feira (21). Mais de 20 viaturas e cem homens do Corpo de Bombeiros chegaram a atuar no combate às chamas. Como o museu fica fechado às segundas-feiras, não havia visitantes no local. Um bombeiro civil morreu, tentando conter as labaredas, que só foram controladas às 18h30.

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O Museu da Língua Portuguesa não estava nem com o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) nem alvará de funcionamento da Prefeitura de São Paulo em dia. Em nota, a Prefeitura de São Paulo disse que a documentação para o funcionamento do local estava em análise apesar de funcionar desde 2004.