O prefeito do Rio, Eduardo Paes, estimou que a recuperação da cidade deve custar cerca de R$ 200 milhões. O prefeito esteve na manhã desta terça-feira (13) no Tribunal de Justiça do Rio e no Ministério Público estadual, para explicar planos de reassentamento e indenização que estão sendo implantados pela Prefeitura do Rio para auxiliar as famílias desabrigadas pelas chuvas da semana passada.
"Ontem (segunda-feira) fechamos boa parte dos valores relativos à recuperação da cidade, nas áreas de geotecnia, repavimentação de ruas, limpeza do leito dos rios e outros, num total em torno de R$ 200 milhões", disse Paes.
Ele destacou ainda que também autorizou o início imediato, pela GeoRio, de todas as obras necessárias para liberar os acessos ao Parque Nacional da Tijuca e ao Cristo Redentor. As obras estão avaliadas em R$ 5 milhões.
No Tribunal de Justiça, o prefeito esteve com o presidente do TJ, Luiz Zveiter, e os juízes das varas de Fazenda Pública da capital. No MPE, Paes se encontrou com o procurador-geral de Justiça, Cláudio Soares, e com promotores de diferentes áreas.
Nos dois encontros, ele entregou cópias dos laudos técnicos da GeoRio e da Defesa Civil municipal recomendando a retirada imediata dos moradores das oito primeiras comunidades que serão beneficiadas Urubu (Pilares), Prazeres (Rio Comprido), Fogueteiro (Centro), São João Batista (Botafogo), Cantinho do Céu e Pantanal (parte da comunidade do Turano, na Tijuca), Laborioux (Rocinha) e Parque Columbia (às margens do Rio Acari).
Trabalho de emergência começa na quarta
Após o encontro no Tribunal, Eduardo Paes contou que a prefeitura está elaborando um mapeamento geológico detalhado da cidade, para identificar com clareza em que áreas há encostas com maior e menor risco, que necessitem de contenção, e que regiões podem ou não receber reassentamentos. Esse estudo, segundo ele, deve ficar pronto em seis meses o que não impede, no entanto, investimentos imediatos nos locais já identificados.
A Secretaria municipal de Conservação anunciou nesta terça-feira (13) um plano emergencial que, segundo o secretário Carlos Osório, irá deixar a cidade em "condições de recuperação". De acordo com Osório, serão necessários 60 dias para terminar os principais reparos estruturais da cidade, como buracos no asfalto, danos nas galerias pluviais e recuperação de pavimentação. Segundo ele, o número de buracos no Rio triplicou depois da chuva.
Para isso, o prefeito Eduardo Paes autorizou a contratação emergencial de efetivo e maquinário adicional. Segundo Osório, para a operação tapa-buracos serão contratadas 20 equipes adicionais às atuais 50, para recuperar 160 mil buracos. Para a operação foram comprados 20 mil toneladas de massa asfáltica.
"Vamos começar pelo que esta pior"
A recuperação da pavimentação se dará principalmente em vias de paralelepípedos que foram prejudicadas com a chuva. A meta é recuperar 74 mil metros quadrados de calçamento por paralelepípedo. Para o secretário, os pontos mais críticos são os bairros do Cosme Velho e Humaitá, na Zona Sul, e Santa Teresa, no Centro. Osório afirmou que nesses pontos há crateras abertas na rua.
A terceira medida emergência será a recuperação do sistema de drenagem da cidade. O secretário disse que o acúmulo de terra e lixo causou danos às galerias pluviais.
"Vamos começar pelo que está pior e causando mais danos", declarou Carlos Osório. Ele afirmou que, depois do prazo de 60 dias para a reparação emergencial, o trabalho vai continuar de forma intensificada para sanar os problemas restantes do Rio.
O secretario informou também que fará junto à RioLuz um trabalho de reparo em 36 mil pontos de iluminação pública deficientes, principalmente nas zonas Norte e Oeste. No total, a cidade tem 430 mil pontos. O prazo para a solução dos problemas iniciais é de 90 dias.
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