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Um dos grandes segredos para que o trabalho da Pastoral da Criança tenha bons resultados é o baixo custo. O projeto é quase integralmente feito com base em voluntariado e as ações realizadas não exigem muito dinheiro. Foi isso que facilitou a expansão do projeto. Atualmente, porém, o custo por criança atendida vem subindo significativamente. Embora ainda seja baixo, o gasto médio de 2006, de R$ 1,58 por criança a cada mês, é R$ 0,25 a mais do que era em 2003 – um crescimento de 18,7%. Só do ano passado para este, o valor subiu R$ 0,14. "Este ano investimos bastante em pesquisa", afirma Zilda Arns, explicando a alta.

O coordenador-adjunto da Pastoral, Nelson Arns Neumann, afirma que o custo mensal por criança deverá continuar subindo nos próximos anos. Isso porque a instituição pretende ir cada vez a lugares mais remotos do território nacional, para garantir atendimento para as crianças que moram em aldeias amazônicas ou em comunidades quilombolas, por exemplo. E isso exige mais combustível, entre outros gastos.

Mas Nelson Arns garante que isso não é problema, até porque a Pastoral tem conseguido apoios financeiros importantes. "Recentemente, passamos a receber o dinheiro do Cartão Solidariedade, do HSBC", afirma ele. Segundo as estimativas de Arns, a iniciativa do banco deverá render cerca de R$ 5 milhões extras a cada ano para o projeto, o que permitirá a continuidade dos investimentos.

A Pastoral também tem apoio de órgãos governamentais, do projeto Criança Esperança, da Rede Globo, e de dezenas de outras instituições.

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