Os católicos de São Paulo vão sair em procissão pelas ruas do centro da cidade, no dia 22 de março, quando se comemora o Dia Mundial da Água, para pedir a Deus “a bênção de chuvas generosas”, por causa da “gravidade da atual crise hídrica”.
Em carta circular endereçada nesta sexta-feira, dia 27, aos leigos, religiosos, diáconos, padres de bispos da arquidiocese, o cardeal-arcebispo, d. Odilo Pedro Scherer, recomenda que, no domingo anterior à manifestação, se faça uma intensa oração nas missas das paróquias e comunidades para pedir chuva.
A procissão sairá às 15 horas da Igreja da Consolação, na Rua da Consolação, na direção da Praça da Sé, passando pelo Viaduto do Chá e pelo Largo de São Francisco. Dependendo de autorização a ser solicitada à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), um grupo de motociclistas deve escoltar a imagem da padroeira da cidade, Nossa Senhora da Penha, da Igreja de São Luís, na Avenida Paulista, até a concentração na Igreja da Consolação. Dali, a imagem, seguiria em um caminhão do Corpo de Bombeiros até a Catedral da Sé. O evento, que terá início às 15 horas, deverá ser encerrado com uma missa às 17 horas.
Faça sol ou caia chuva, a procissão será realizada, provavelmente com a participação de milhares de fiéis. Se chover, as orações serão em ação de graças a Deus pelo atendimento do pedido. Em sua carta circular, d. Odilo pede que todos carreguem uma garrafinha para matar a sede e para receber a bênção da água. Ele aconselha também que se carreguem faixas com dizeres religiosos ou com frases sobre o bom uso da água.
O Vicariato de Comunicação da Arquidiocese de São Paulo anexou à carta do cardeal uma oração do papa Paulo VI, para pedir chuva. “Faze cair do céu sobre a terra árida a chuva desejada, a fim de que renasçam os frutos e sejam salvos homens e animais”, implora o texto de Paulo VI, ampliando as orações do antigo Missale Romanum (Missal Romano), do Concílio de Trento, do século 16.
Na sequência das orações para pedir chuvas, o Missal Romano acrescentou precavidamente duas orações para conter possíveis excessos - uma oração para pedir bom tempo e outra para repelir as tempestades. Esses ainda servem de inspiração nas celebrações litúrgicas, mas caíram em desuso ou foram atualizadas após as reformas do Concílio Vaticano II, encerrado em 1965.
Não é esta a primeira vez, na história de São Paulo, que o povo sai às ruas para pedir chuva. Em 1957, o cardeal Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta liderou uma procissão, do Santuário da Penha até a Catedral da Sé, carregando a imagem de Nossa Senhora para rezar contra a seca.
Com a divisão da Arquidiocese de São Paulo, realizada em 1989, o santuário passou à jurisdição da Diocese de São Miguel Paulista, na zona leste, mas Nossa Senhora da Penha não perdeu o título de padroeira da capital paulista.
A Arquidiocese de São Paulo tem sete bispos auxiliares e cerca de mil padres, somando diocesanos e religiosos, que atuam em 305 paróquias, colégios e outras obras pastorais. Os diáconos permanentes (casados) são 80.
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