O arcebispo-emérito de São Paulo dom Paulo Evaristo Arns, de 93 anos, segue internado na capital paulista, mas apresentou melhora em seu estado de saúde.

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Segundo boletim médico divulgado nesta quarta-feira (3), o religioso está consciente e se alimenta normalmente.

Na manhã da última segunda-feira (1.º), ele passou mal e foi levado do convento onde mora, em Taboão da Serra (SP), para o Hospital Santa Catarina, na avenida Paulista.

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De acordo com o boletim médico, o religioso segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para monitoramento de seus sinais vitais e cuidados gerais. Não há previsão de alta.

Na tarde da terça-feira (2), ele recebeu a visita na unidade médica do arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer.

Eles conversaram sobre a novena a São José de Anchieta, santo celebrado no dia 9 de junho, e o arcebispo-emérito pediu para que rezassem por ele.

O religioso foi um dos principais nomes da luta em favor dos direitos humanos durante a ditadura militar. Em 1972, ele criou a Comissão Brasileira Justiça e Paz, que articulou denúncias contra abusos do regime.

O arcebispo-emérito também fundou o projeto “Brasil: Nunca Mais”, que reuniu documentos oficiais sobre o uso da tortura durante o regime militar no Brasil. A iniciativa ajudou a sistematizar informações de mais de 1 milhão de páginas de 707 processos do Superior Tribunal Militar. O relatório obtido teve papel fundamenta na identificação e denúncia de torturadores do regime e no esclarecimento de assassinatos e desaparecimentos.

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