Nos últimos tempos, os usuários da linha Curitiba – Campo Largo, da empresa de ônibus Campo Largo, já se acostumaram com um "assalto" diferente. Apelidado de "piá da sacolinha", um adolescente entra no ônibus quase que diariamente para pedir uns trocados. "Ele chega com uma sacolinha e pede dinheiro. Já ficou conhecido na linha", comenta o operador de tráfego da empresa, Cléverson César de Oliveira.

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Até o ano passado, uma prática comum era o seqüestro relâmpago de ônibus. Como as empresas passaram a utilizar cofres que só abrem depois de determinado tempo, os ladrões costumavam seqüestrar os ônibus manter passageiros, motoristas e cobradores como reféns. "Hoje, quando assaltam, geralmente levam só o que está com o cobrador", afirma o gerente operacional da Auto Viação São José, Luís Carlos Pauletto. As empresas mantêm entre 15 e 30 passagens com o cobrador. O major Douglas Sabatini Dabul, da seção de planejamento do Comando de Policiamento da Capital, da Polícia Militar, diz que a violência tem diminuído. Segundo ele, a principal "tática" utilizada nos ônibus é o furto. "Batem carteiras dos passageiros ou furtam quando o ônibus está chegando ao destino. Esse tipo de assalto ao motorista e ao cobrador está caindo", garante. No último sábado, a polícia militar de Almirante Tamandaré prendeu cinco pessoas – dois deles, adolescentes –, depois de terem assaltado dois coletivos na cidade.

João Carlos Mesquita, diretor do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), acha que o serviço velado da PM deu certo, mas cobra uma presença mais efetiva da polícia. "O trabalho está muito bom. O que falta agora é uma presença maior da polícia fardada, para intimidar os ladrões", avalia.

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