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Brasília (Folhapress) – A dois meses de encerrar as investigações, a CPI dos Correios não recebeu até agora mais de 40% das informações solicitadas, segundo o sub-relator de movimentação financeira, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).

Entre os dados requisitados oficialmente a órgãos públicos e empresas privadas, faltam chegar vários documentos, o que levará a CPI a ter dificuldades para avançar sobre questões importantes. A Receita Federal, por exemplo, não mandou os dados fiscais dos acusados de envolvimento (direto ou indireto) com o esquema do mensalão, incluindo os deputados suspeitos de terem recebido dinheiro de caixa 2, os publicitários Marcos Valério de Souza e Duda Mendonça e seus sócios.

A CPI não recebeu também parcela significativa de informações bancárias solicitadas aos bancos Real, Safra e BankBoston e praticamente não dispõe de dados sobre movimentações financeiras no exterior.

Por conta da demora ou pelo não-atendimento às requisições, Fruet formalizou na semana passada ao presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), solicitação para que sejam cobradas dos órgãos públicos e das empresas as informações faltantes. "Estamos na reta final das investigações. O que foi pedido tem que ser enviado’’, disse Fruet.

Sem os dados bancários de contas no exterior, a CPI não poderá afirmar se o PT teve dinheiro lá fora, o que o partido nega. Também não será possível saber se e quanto Valério e Duda receberam no exterior, nem quem seriam os depositantes. Da mesma forma, no caso da RF, não haverá como dizer, por exemplo, se os parlamentares supostamente beneficiados pelo mensalão movimentaram mais recursos do que a renda declarada permitiria.

O presidente da CPI vai conversar com os sub-relatores para tentar encerrar os trabalhos da comissão até 15 de março.

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