O advogado paranaense Cláudio Dalledone Júnior é o novo defensor do ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, acusado pelo desaparecimento da namorada Eliza Samudio. Dalledone substitui no processo que corre na Justiça mineira o advogado Ércio Quaresma, que anunciou publicamente ser dependente de crack. A seção mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) marcou para o próximo dia 30 o julgamento de Quaresma, que pode ser suspenso por ter sido flagrado fumando crack.
Dalledone, que era advogado de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo do jogador, informou ontem que passará a defender apenas Bruno. O novo defensor se reuniu por duas horas com o ex-goleiro ontem na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem (MG), onde o acusado está preso. O teor da conversa não foi revelado.
Pedir a prorrogação do período das alegações finais da defesa pode ser um dos primeiros atos de Dalledone. Ele informou que deve solicitar o adiamento em razão da falta de alguns depoimentos importantes para defesa. São pessoas que devem ser ouvidas via carta precatória, segundo o advogado.
O período de alegações finais da defesa vai do dia 26 de novembro até 3 de dezembro. A juíza Marixa Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem, prometeu divulgar em 10 de dezembro, às 10 horas, sua decisão sobre quais réus serão levados a júri popular.
Dalledone preferiu não comentar os motivos que levaram Bruno a trocar de defensor. "Mas vamos continuar com a tese de negação de autoria", afirma. O defensor diz que deve tomar uma postura mais discreta durante sua atuação, um comportamento o oposto ao do colega, Quaresma, visto constantemente na mídia.
O ex-goleiro é suspeito de arquitetar o assassinato da ex-amante Eliza Samudio, de 25 anos. Ela está desaparecida desde o início de junho. Eliza ingressou na Justiça para que o jogador reconhecesse a paternidade de seu filho, que tem o mesmo nome do jogador.
Dalledone informou que deve ir hoje ao Rio de Janeiro para tratar das acusações de sequestro e tentativa de aborto contra o Bruno na Justiça fluminense. Depois, o advogado deve concentrar seus esforços em Minas Gerais.
Caso Altamira
Dalledone já atuou em outro caso de repercussão nacional. Ele foi advogado de defesa da vidente paranaense Valentina de Andrade, acusada de liderar uma seita que teria castrado e matado meninos com idade entre 8 e 14 anos entre 1989 e 1993, em Altamira, a 777 km de Belém (PA). Segundo o Ministério Público, na época, os crimes seriam parte de um ritual de magia negra.
As crianças mortas e as três sobreviventes tiveram os órgãos genitais tirados com instrumento cirúrgico, segundo laudos periciais realizados na época. Algumas delas foram abusadas sexualmente. Quatro homens foram condenados. Valentina foi absolvida.
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