Três anos atrás, o governo federal anunciou investimentos em saúde no Paraná que soaram como um brado retumbante para um setor tão carente. Era o ápice da epidemia de gripe A e o Ministério da Saúde estava suando sob os holofotes. O então ministro, José Gomes Temporão, prometera 30 novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) no estado. Elas seriam construídas entre aquele ano e 2010, ao custo de R$ 60 milhões em repasses da União, que destinaria outros R$ 63 milhões para a manutenção desses centros.
O balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) divulgado pelo Ministério do Planejamento e atualizado em setembro último mostra que a execução não conseguiu acompanhar a empolgação do ministro. Das 30 unidades prometidas para o Paraná, o governo federal fechou convênio para a instalação de 17 (confira abaixo). Destas, apenas três estão em construção. Os recursos repassados até agora somam R$ 5,4 milhões, o que representa apenas 6% do prometido.
Em Curitiba, que receberá a única UPA Tipo 3 (maior, para cidades com mais de 200 mil habitantes), existem três projetos em andamento. A UPA tipo 3, pertencente ao pacote do PAC, se tornará o Centro Municipal de Urgências Médicas (CMUM) Matriz. O centro será construído em uma área de 7,9 mil metros quadrados da Rua Engenheiros Rebouças,. O terreno pertencia à União e foi doado ao município. De acordo com a secretaria de saúde da cidade, os recursos para a construção já estão disponíveis.