Dayanne Souza, ex-mulher do goleiro Bruno Fernandes de Souza, afirmou em depoimento na noite desta terça-feira (5) que o jogador disse estar sendo ameaçado de morte por um amigo de Eliza Samudio, sua ex-amante, antes da jovem desaparecer.

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Segundo Dayanne, Bruno chorava no momento em que falou sobre as supostas ameaças e pediu que ela fosse embora do sítio do jogador por questão se segurança, na semana em que Eliza teria desaparecido. Ela contou que retornou ao local apenas alguns dias depois e encontrou a ex-amante do jogador no imóvel.

Já no local, Bruno teria dito à então mulher que que já estava "tudo acertado" com Eliza, que receberia um apartamento e um pagamento mensal de pensão. Segundo Dayanne, o jogador falou que sua ex-amante seria levada até o suposto apartamento.

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O filho de Eliza com o jogador também estava no sítio, segundo Dayanne, que é acusada de envolvimento no sequestro e cárcere privado da criança.

Bruno também é réu do processo pelo suposto envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza. Ele, porém, não acompanha o depoimento de Dayanne.

Com a dispensa do jogador pela juíza Marixa Rodrigues, ele foi levado de volta para a Penitenciária Nelson Hungria, onde está preso, no início da noite de hoje. Ele deverá voltar ao plenário apenas nesta quarta-feira (6), terceiro dia de julgamento, quando será ouvido diante da juíza e dos jurados.

O promotor disse na tarde de hoje que espera que Dayanne seja utilizada como "bucha de canhão" pelos advogados do ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza. "O interrogatório dela é a construção de defesa de Bruno", afirmou ele logo após o depoimento de Célia Aparecida Rosa Sales. Segundo a defesa e a Promotoria, o primeiro depoimento deveria ser de Bruno, pela ordem da denúncia, mas houve um acordo para deixar depoimento do goleiro para quarta-feira (6), que deve ser o último dia de julgamento.

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