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Atualizado em 26/10/2006, às 18h50

Um controlador de vôo do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, teve um mal súbito na manhã desta quinta-feira e foi socorrido pela equipe médica de plantão no aeroporto. O incidente acarretou atraso em 26 vôos, entre pousos e decolagens, até por volta das 10h30.

Após receber os primeiros socorros, o controlador foi levado para o Hospital do Cindacta 2, em Curitiba. Inicialmente as informações davam conta de que o funcionário do aeroporto teria tido um infarto, mas a versão foi negada pelo assessor de comunicação do Departamento de Controle do Tráfego Aéreo da Aeronáutica (DCEA), coronel Paullo Esteves.

"Esse controlador, que eu não conheço pessoalmente, muito provavelmente está acima do peso e tem hipertensão. Minha mãe também tem essa doença, eu sei como isso funciona. De repente passa mal por ter comido sal demais, etc. Na verdade, ele teve um pico de pressão, passou mal e foi levado para o hospital da Aeronáutica por precaução", explicou o coronel.

O incidente aconteceu entre as 7h40 e 8h15, e neste intervalo de tempo, oito aeronaves previstas para decolar não saíram do chão. A partir daí, os vôos sofreram atrasos que chegaram a quase duas horas. Somente a partir das 10h é que o tráfego aviões começou a se normalizar. Alguns vôos, porém, continuaram atrasados, mas o tempo foi diminuindo e, por volta das 16h, o tráfego estava normalizado de acordo com a Infraero.

Segundo o coronel Esteves, o controlador de vôo passa bem. "Ele recebeu todos os cuidados necessários, foi medicado e agora fica em observação. Mas ele teve só um mal súbito, como uma diarréia qualquer".

Sobre o atraso em alguns aviões, o representante da Aeronáutica se mostrou preocupado. "O atraso não se justifica. Não são apenas três pessoas que ficam na torre de controle de tráfego. Funcionários estão sempre de prontidão e devem garantir o funcionamento normal do sistema", concluiu Esteves.

Sem informações

A reportagem da Gazeta do Povo Online buscou informações sobre o estado de saúde do controlador de vôo durante todo o dia. O Cindacta 2 possui em Curitiba um departamento de Comunicação mas não fornece nenhuma informação sobre os assuntos relacionados aos problemas no tráfego aéreo no Paraná.

O major Fournier, que trabalha na torre de controle do Afonso Pena, deixou clara a orientação que os oficiais recebem. "Nós somos subordinados ao Cindacta 2 e não estamos autorizados a passar qualquer informação sobre qualquer coisa".

Depois de inúmeras ligações, passando pelas mais variadas patentes de oficiais do Cindacta 2, a reportagem foi orientada a procurar o Centro de Comunicação da Aeronáutica em Brasília. Novamente após novos telefonemas e transferências de ramais, uma major indicou o assessor de comunicação do DCEA no Rio de Janeiro.

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