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Litoral

De Franciscos à luz, tudo vira samba em Antonina

Batel homenageia Franciscos do Brasil, incluindo o diretor-presidente da Gazeta do Povo | Albari Rosa /  Gazeta do Povo
Batel homenageia Franciscos do Brasil, incluindo o diretor-presidente da Gazeta do Povo (Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo)

Aconteceu ontem o festejo mais aguardado e tradicional do carnaval de Antonina, o desfile das escolas de samba. Em comemoração aos 300 anos do município, a Avenida do Samba celebrou o carnaval como antigamente, sem arquibancadas ou camarotes: os foliões saracotearam na rua e puderam assistir aos desfiles de pertinho. Aproximadamente cinco mil pessoas participaram da festa, que se estendeu madrugada adentro sob o comando do trio elétrico.

A mais antiga escola antoninense, fundada em 16 de fevereiro de 1947, a Batel apresentou o enredo "Franciscos do Brasil", uma homenagem a todos os Franciscos e Franciscas que, de alguma forma, contribuíram para a construção do Brasil e do Paraná no âmbito das artes e da comunicação, da luta pela liberdade e do folclore e da natureza. Com um total de 800 integrantes, a Batel desfilou três carros alegóricos e dez alas.

Representado no carro abre-alas repleto de referências à Gazeta do Povo, Francisco Cunha Pereira, diretor-presidente do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCom) até seu falecimento, em 2009, foi um dos homenageados, sendo lembrado como "o astro da comunicação". Outros Franciscos foram reverenciados: Chico Mendes (ativista ambiental), Francisco Alves (cantor), Chiquinha Gonzaga (pianista e compositora) e até Chico Bento (personagem criado por Maurício de Sousa). "Pensamos em todos os Franciscos que fazem parte da identidade brasileira", explicou Mário de Castro, presidente da Batel.

A segunda escola a desfilar foi a Leões de Ouro da Caixa d´Água, que narrou em seu samba-enredo a história da luz, resgatando desde a descoberta do fogo até a geração de energia elétrica e a invenção das lâmpadas. O Sol, a vela e a luz do luar ganharam destaque nos três carros alegóricos.

Para Sandro Martins, presidente da Leões, o samba intitulado "A luz que brilha em minha vida" fez jus à "luz que emana de cada ser humano", principalmente dos cerca de 500 integrantes da escola, que cortaram um dobrado para viabilizar o desfile. "Cada grupo ficou responsável por um ala e tirou dinheiro do bolso para confeccionar as fantasias e adereços. Utilizamos muito material reciclável também", explicou.

Por fim, encerrando o desfile, a Escola de Samba Portinho entrou na avenida para contar como foi o surgimento do carnaval no Brasil – responsabilidade grande, tratando-se do "país do carnaval".

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