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Orçamento

De olho na CPMF, Planalto vai propor reforma tributária

Brasília – Como uma última tentativa de conseguir votos no PSDB para aprovar a prorrogação CPMF, o governo planeja enviar ao Congresso, até o fim de novembro, o tão esperado projeto de reforma tributária. A medida seria necessária, de acordo com o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), porque a margem de segurança para a aprovação da emenda é mínima e as concessões já feitas sobre o projeto aprovado na Câmara já chegaram ao limite.

"Ainda acredito que as portas com o PSDB não estão fechadas. Se a reforma tributária chegar ao Congresso daqui a 10 ou 15 dias, a possibilidade de discussão com o partido é reaberta", disse. O PSDB, porém, afirma que a esperança governista será frustrada. "Eles estavam tão confiantes de que aprovariam a CPMF mesmo sem a gente. O próprio Guido Mantega disse isso. Agora, não existe mais a menor possibilidade, já estamos fechados", disse o líder do partido na Casa, o senador Arthur Virgílio (AM).

Ao conseguir uma primeira vitória na Comissão de Constituição e Justiça, anteontem, o governo se deparou com o seguinte cenário: se a votação em plenário fosse hoje teria seguramente no máximo 48 votos, um a menos do que os 49 necessários para aprovar a emenda.

O levantamento feito pela base mostra que PSDB e DEM representam 27 votos contrários à CPMF, que, somados aos nomes de José Nery (PSOL-PA), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Mão Santa (PMDB-PI), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Pedro Simon (PMDB-RS) e Jefferson Péres (PDT-AM), o total aumenta para 33 - número suficiente para derrubar a contribuição. Outro problema é que aliados até então considerados certos, como PR e PTB, aproveitam o momento de incerteza para reclamar cargos federais nos estados que foram "tomados" pelo PT.

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