Depois de 11 anos interditado por problemas estruturais, o prédio do Colégio Estadual Ambrósio Bini, em Almirante Tamandaré, será reformado e deve voltar a funcionar em 2014. Com previsão de investimento de cerca de R$ 2,1 milhões, o processo foi encaminhado na última semana à Comissão de Licitação de Obras da Secretaria de Estado da Educação (Seed). Em dois meses deve ser divulgado o edital para a concorrência pública.
Se a reforma do prédio interditado for finalizada neste ano, como planeja a Seed, no próximo ano letivo os estudantes serão transferidos para uma sede que nunca viram funcionando e que hoje está tomada por sinais de abandono. Não há portões e, depois que o prédio passou a ser depredado, em 2008, não há nada além das paredes e escadas.
Até mesmo o teto foi parcialmente destruído. As rachaduras, principal sinal de que a interdição seria necessária, continuam lá e aumentaram com os anos, assim como o afundamento do piso de algumas salas.
Apesar das más condições, depois de estudos do solo, o local foi considerado seguro para a reocupação, segundo o superintendente de Desenvolvimento Educacional (Sude) do Paraná, Jaime Sunyé Neto. Em 2002, a preocupação era com o risco de maiores afundamentos de terra ocasionados pelo aquífero Karst, que é uma fonte de abastecimento de água e ocupa parte da área do município.
"Houve estudos anteriores, mas, por alguma razão, eles não foram levados adiante. Agora retomamos e descobrimos que é possível recuperar a escola, fazendo um reforço da fundação, que implica em mergulhar estacas a mais de 17 metros, onde há rocha", diz.
Desde que o colégio foi fechado, em 2002, os 2 mil alunos do ensino fundamental e médio foram reduzidos a 700 e os que sobraram têm enfrentado a falta de estrutura adequada para os estudos. As salas de aula já foram improvisadas em um barracão e em um salão de igreja e os estudantes estão até hoje em estruturas provisórias, sem quadra de esportes, biblioteca, refeitório e laboratório de informática.