O Fórum Futuro 10 Paraná é um evento no qual pessoas de diversos segmentos da sociedade têm a oportunidade de expor suas idéias e trocar experiências com participantes que atuam em diferentes áreas. Na mesma mesa sentam empresários, pequenos produtores rurais, artesãos e estudantes, todos com a mesma voz ativa. Na etapa de Guarapuava, chamou a atenção a quantidade expressiva de jovens entre as lideranças convidadas. Observando a atuação deles nas discussões, dos 11 temas do fórum, foi possível notar que o conflito de gerações ficou de fora dos debates. O que imperou foi o consenso sobre o caminho para o desenvolvimento da região e do Paraná na próxima década.
"Os mais velhos precisam ouvir a opinião dos mais jovens", disse o produtor rural Argeu Campos, de 47 anos. Ele ouviu com atenção as colocações de Cecília Claudete Ricaczeski, de 18 anos, que estava na mesa de discussão sobre agronegócio. Cecília é de uma família de pequenos agricultores de Quedas do Iguaçu e defendeu no fórum a maior participação dos jovens no campo para tentar mudar a situação difícil pela qual passam alguns produtores rurais. "O jovem vai fazer o ensino médio na cidade e acaba não voltando para o campo. Precisamos mudar isso", afirmou a jovem.
Visão política
O ex-prefeito de Guarapuava e ex-deputado estadual Cândido Pacheco Bastos disse que não houve conflito, mas consenso quando discutiu o tema visão política com o bacharel de Direito Luís Otávio Kuster Andreata, de 22 anos. "Todas as nossas propostas visavam ao bem comum, o desenvolvimento político e melhoria na gestão pública", disse Andreata. Para ele, a participação do fórum foi importante, pois foi possível ouvir a experiência dos mais velhos. "O jovem nos dá a visão de futuro da administração pública", retribuiu Bastos.
O aprendizado foi o ponto forte citado pelo agricultor Elízio Dalbra, 18 anos, do município de Paula Freitas, a 300 quilômetros de Guarapuava. Ele iria participar dos grupos de agronegócio, mas como as mesas já estavam preenchidas, acabou sendo encaixado no debate sobre indústria. Apesar de se sentir meio deslocado no início da conversa, Dalbra afirmou que os conhecimentos que obteve serão muito úteis quando voltar para sua cidade. "Peguei muito experiência e vi a importância de se incentivar a agroindústria."(FO)
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