Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Eleições 2006

Declarada a guerra eleitoral

Brasília – A cinco meses da eleição para a escolha do presidente da República, a guerra eleitoral está declarada. Petistas e tucanos – principais adversários nas urnas – elevaram o tom dos ataques mútuos e indicaram qual será o clima da campanha eleitoral deste ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro a provocar os adversários. Em viagem a Manaus (AM), ontem, Lula desafiou a oposição a mostrar na tevê as sessões das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) criadas para investigar o mensalão, entre outras denúncias contra o Planalto.

"Quero que eles coloquem CPI na televisão todo dia, toda hora. Que coloquem as torturas que fizeram com muita gente lá", afirmou Lula.

Incomodado, o pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse que Lula passou da "omissão ao cinismo". "Primeiro ele dizia que de nada sabia, agora fala que corrupção não tem problema. Agora é cinismo mesmo, que é mais imperdoável do que omissão."

"Bomba fiscal"

O presidente do PT, Ricardo Berzoini, rebateu as declarações dos tucanos sobre a suposta "bomba fiscal" que o partido estaria preparando para o eventual segundo mandato de Lula.

"É a estratégia do terrorismo. O PSDB tenta criar fatos a partir de mentiras e colocar medo nas pessoas", afirmou Berzoini.

Berzoini reagiu às acusações e alfinetou a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "O governo Lula não precisou fazer programa de privatização todo ano para fechar contas. Quem sempre foi irresponsável na área fiscal foi o PSDB e PFL", afirmou ele.

O ministro Guido Mantega (Fazenda) também rebateu as críticas tucanas à suposta "farra cambial e fiscal" do governo Lula. "Há uma certa dor de cotovelo tucana, e eles estão procurando argumentos para embaçar o nosso sucesso (na economia)", provocou o ministro.

Em São Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou a suspeita de corrupção que atingiu o governo Lula. Para combater o mal, FH defendeu um "choque de moral".

O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) rebateu FH e disse que "essa visão de choque ético não tem nenhuma fundamentação". "A ética se constrói consensualmente, no interior do Estado, no interior da sociedade civil", afirmou ele.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.