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A Justiça decretou a prisão preventiva de Ana Paula Pereira, mãe da menina de 4 anos, encontrada com marcas de violência pelo corpo em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, no início do mês de junho. Foram 15 dias avaliando o inquérito para se chegar a uma conclusão.

"No decorrer do inquérito policial ficou comprovado que ela também tinha participação nos fatos que vitimaram a menor, e por essa razão nós pedimos pela prisão preventiva dela também", explicou delegada Cláudia Faissal.

A decisão foi tomada no mesmo dia em que Ana Paula deu à luz o segundo filho. O padrasto da menina, Marcos Estevão Benevides, foi preso em flagrante pelo crime de tortura no dia 8 de junho. Ana Paula, que estava grávida de 9 meses, vinha sendo acompanhada por assistentes do Conselho Tutelar.

Depois de ser encontrada por vizinhos trancada em casa com marcas de espancamento, a criança ficou dois dias em um abrigo do município até ser levada pelo pai biológico de volta para a cidade de Alhandra, na Paraíba. Ana Paula trouxe a menina para o Rio sem a autorização dele.

Ela será presa assim que tiver alta da maternidade. A Justiça ainda vai decidir sobre o futuro do recém-nascido.

"Vai depender da decisão da promotoria da Vara da Infância e da Juventude junto ao juiz que decidirão pela guarda provisória ou com algum familiar ou em algum abrigo", disse a delegada Cláudia Faissal.

Em Alhandra, na Paraíba, a vice-presidente do Conselho Tutelar disse que esteve com a menina vítima de agressão. Ela informou que, aos poucos, a criança está se adaptando ao novo lar, mas continua assustada. Ela ainda não está estudando e recebe acompanhamento psicológico.

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