Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
violência

Decretada prisão de 14 por tortura no caso Tayná

Silvan Rodney Pereira, delegado que iniciou a investigação do caso Tayná e que teve a prisão decretada ontem | Aliocha Maurício/Tribuna do Paraná
Silvan Rodney Pereira, delegado que iniciou a investigação do caso Tayná e que teve a prisão decretada ontem (Foto: Aliocha Maurício/Tribuna do Paraná)

A Justiça da Comarca de Colombo decretou ontem à tarde a prisão de 14 pessoas (entre eles 11 policiais) suspeitos de participação na tortura dos quatro rapazes acusados de envolvimento na morte de Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, no mês passado. Até as 22 horas, seis policiais civis, um policial militar e um agente da Guarda Municipal tinham se apresentado à polícia. A Justiça determinou ainda o afastamento de outros seis policiais civis.

O pedido de prisão foi feito na última segunda-feira pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Corregedoria da Polícia Civil. Ao todo, eram 15 pessoas, mas um dos pedidos – referente a um policial civil – foi indeferido pela Justiça. Entre os 14 acusados, há dez policiais civis, um soldado da PM, um auxiliar de carceragem, um guarda-municipal e um preso de confiança.

O delegado Silvan Rodney Pereira, que estava à frente da Delegacia do Alto Maracanã à época da suposta confissão forçada dos quatro rapazes, é um dos que tiveram a prisão decretada. Ele disse que pretende se apresentar à Justiça "o mais rápido possível". O delegado afirmou estar fora da cidade, mas garantiu que pretende se apresentar, no mais tardar, até amanhã.

Pereira reafirmou que não houve prática de tortura na delegacia e disse que continua convicto da culpa dos quatro acusados. "Quando os suspeitos confessaram o crime em Colombo, na coletiva de imprensa, não havia marca no corpo deles e nem qualquer outro indício de agressão. Toda essa história de tortura só surgiu depois. Eles não foram coagidos a confessar a culpa", reiterou.

Proteção

A Ordem dos Advogados do Brasil, seção Paraná, informou que os quatro rapazes foram incluídos no Programa Federal de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas e já estão em local sigiloso. O pedido, feito na terça-feira, foi deferido ontem.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.