A partir de hoje, toda a frota de táxis de Curitiba deverá circular nos horários de pico. Cada carro terá de rodar no mínimo 12 horas por dia podendo ser divididas entre o dono da placa e no máximo outros dois funcionários. Além disso, pelo menos 70% dos carros deverão operar aos sábados, domingos e feriados.
As novas regras foram estabelecidas por decreto, assinado ontem pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT).
A fiscalização do cumprimento das normas fica a cargo da Urbs. Segundo a assessoria do órgão, o controle será mais efetivo quando forem instalados sistemas de biometria nos carros. Com isso, os motoristas serão reconhecidos, por impressão digital, toda vez que liberarem o taxímetro ou cobrarem uma corrida. O sistema vai gerar relatórios com os horários de cada um deles. O modelo está sendo testado atualmente e não há previsão de quando vai começar a funcionar.
A partir de hoje, os 2.252 permissionários (autônomos e pessoas jurídicas) devem fazer o recadastramento, comprovando que atendem a todos os requisitos para receber a autorização pelo serviço.
Além do recadastramento, a Urbs deve lançar, ainda nesta semana, o edital de licitação para 750 novas placas de táxi. Elas devem ficar nas mãos dos taxistas colaboradores aqueles que não detêm concessão do serviço que estão na atividade há mais tempo e de forma ininterrupta. A expectativa é de que os novos veículos estejam rodando entre o fim deste ano e o início de 2014.
Nas duas modalidades, as autorizações terão validade de 35 anos prorrogáveis por mais 15. Em caso de transferência de autorização, o novo beneficiário poderá prestar o serviço apenas pelo tempo que faltar para cumprir o prazo.
Espera por um táxi chega a quase uma hora
Bruna Komarchesqui e Alexandre Costa Nascimento
A espera por um táxi nas ruas de Curitiba pode chegar perto de uma hora, o que evidencia que a oferta de carros não comporta a demanda da população. A reportagem da Gazeta do Povo testou algumas centrais da radiotáxi da cidade na tarde de ontem, em duas rotas distintas, e constatou falhas no atendimento e na distribuição de carros pelas regiões.
Por volta das 16h20 a espera entre a primeira ligação a uma central e a chegada de um carro no Cemitério Municipal levou exatos 52 minutos.
A primeira dificuldade foi conseguir ser atendido pela central da radiotáxi Faixa Vermelha. Na primeira tentativa, após três minutos ouvindo a gravação de espera, a ligação caiu. Mais de dez tentativas se seguiram, mas a ligação ficava muda após o primeiro toque.
Sem conseguir contato, a reportagem ligou outra central, a radiotáxi Capital, onde a atendente preferiu não dar previsão sobre o tempo de espera. Ela garantiu, porém que, se em 10 minutos um carro não chegasse, entrariam em contato. Vinte minutos depois, nenhum táxi havia parado no local. Em nova chamada à central, a promessa foi de um táxi com a maior urgência possível, o que demorou mais 10 minutos.
Já o pedido de um táxi em frente ao colégio Itacelina Bittencourt, na Vila Guaíra, foi simplesmente ignorado pela radiotáxi Faixa Vermelha. O carro, prometido para 10 minutos não apareceu passados 20 minutos. Apenas quando contatada em uma nova ligação, a central informou que não havia carro naquela região. A situação foi resolvida apenas com um táxi que passava vazio pelo local, depois de 25 minutos de espera. No Hospital do Trabalhador, não foi preciso recorrer a uma central de rádiotaxi, já que o local conta com ponto e havia quatro carros disponíveis por volta das 17 horas.
A informação sobre tempo de espera, aliás, foi omitida pela maioria das centrais testadas. Apenas a radiotáxi Capital e a radiotáxi Curitiba informaram a previsão de chegada dos carros ambas na rota 1. Nos dois casos, os carros chegaram dentro do tempo previsto.