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Pacientes com câncer e com doença de Fabri (caracterizada pela falta da enzima chamada galactosidase alfa) não têm recebido os medicamentos apropriados distribuídos nas 22 farmácias especiais do governo do estado. O atraso no fornecimento dos medicamentos de uso contínuo já atingiu transplantados do fígado, portadores de mal de Parkinson, de esclerose múltipla e diabéticos.

Na maioria dos casos, o atraso atinge inclusive pacientes que contam com decisões judiciais que obrigam o Estado a fornecer os medicamentos sob pena de pagamento de multas em dinheiro.

Mesmo com a liminar que lhe garante o medicamento, a artesã Claudete Teresinha Stopa, de 32 anos, não tem mais recebido o remédio Herceptin, utilizado na quimioterapia. Moradora de Paranaguá, Claudete desloca-se para Curitiba na garupa da motocicleta do marido toda quarta-feira para fazer as sessões no Hospital Erasto Gaertner. Como não recebeu o medicamento no mês passado, ela tem apenas uma ampola que deverá ser utilizada na próxima semana. "Aí não sei como vai ficar. O Herceptin vinha dando uma resposta muito boa. Estava me sentindo bem, o que não acontecia quando eu usava apenas o Tacsol", explica Claudete que, desde 2002 quando teve seu câncer diagnosticado, passou por duas cirurgias para a retirada de tumores.

Na primeira regional de saúde, onde retira o remédio, a informação dada para Claudete é de que a ordem para a compra do medicamento não tinha sido assinada pelo governador Roberto Requião.

Leia matéria completa no site da versão impressa da Gazeta do Povo. (conteúdo restrito para assinantes).

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