Além de conviver com os atrasos dos pagamentos, os hospitais filantrópicos ainda enfrentam a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), que em alguns casos chega a 300%, principalmente em procedimentos médicos de média complexidade, como a radiologia e os internamentos clínicos e cirúrgicos. Em média, o hospital recebe apenas R$ 60 para cada R$ 100 gastos no tratamento de um paciente do SUS.

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Para atender à procura pelos serviços de saúde, não atendidos totalmente pelos hospitais públicos, a União, os estados e os municípios contratam um determinado número de procedimentos junto aos filantrópicos. Segundo dados do Datasus, em 2006 as santas casas e hospitais filantrópicos do Paraná responderam por 41% das internações feitas pelo SUS. Já o setor privado respondeu por 37,7% e o público (hospitais universitários ou mantidos pelo estado), por 21,3%.

Só em Curitiba, os filantrópicos respondem por 53% dos leitos disponíveis para o SUS. "O segmento é indispensável para a continuidade do atendimento à população mais carente, mas o desequilíbrio econômico-financeiro vem inviabilizando a prestação dos serviços", diz o presidente da Femipa, Maçazumi Furtado Niwa.

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