A oito dias do início do julgamento do goleiro Bruno Fernandes, informações fornecidas nos depoimentos prestados à Justiça pelos principais acusados da morte de Eliza Samúdio revelam detalhes importantes sobre o caso. O conteúdo dos interrogatórios, feitos em novembro de 2010, foi divulgado neste domingo pelo "Fantástico", da Rede Globo. Segundo a acusação, o crime começou a se desenrolar em 4 de junho de 2010. Naquele dia, Bruno teria mandado que a modelo e seu filho fossem sequestrados. Os dois foram deixados na casa do goleiro, no Rio.
No dia seguinte, Bruno teria se encontrado com Eliza. De acordo com a acusação, ela recebeu uma proposta de ganhar um apartamento, para que viajasse a Minas Gerais. Bruno, porém, diz que a modelo viajou por vontade própria, no intuito de resgatar um dinheiro.
A viagem durou um dia. Bruno seguiu com a namorada, Fernanda Gomes, num carro. Em sua Land Rover, estavam Eliza, Bruninho, Luiz Henrique Ferreira, o Macarrão, e o primo de Bruno. Mãe e filho teriam sido mantidos reféns. O goleiro nega. Ele diz que deu R$ 30 mil à modelo no dia 9. Segundo Bruno, ela pediu que ele ficasse com o filho por sete dias para que pudesse ir a São Paulo.
Para o Ministério Público, Eliza morreu no dia seguinte. Bruno nega, alegando que ela se despediu e pegou carona com Macarrão até um ponto de táxi. O primo de Bruno declarou que saiu com Eliza e a criança do sítio e os levou até a casa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, um ex-policial.
Nos tribunais, a defesa de Bruno sustentará a tese de que não houve crime. Uma nova versão afirma que Eliza fugiu do país rumo à Bolívia, com outra identidade.