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Defesa de Gil Rugai recorre após condenação

O advogado Marcelo Feller afirmou hoje (28) que já entregou no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, a documentação inicial para a apelação da decisão que condenou Gil Rugai a 33 anos e 9 meses de prisão pela morte do pai e da madrasta.

Segundo Feller, porém, as alegações do recurso ainda não foram apresentadas, pois a defesa aguarda a transcrição dos depoimentos e argumentos do julgamento, que ocorreu durante cinco dias, na semana passada. Após o término das transcrições, a defesa terá 15 dias para apresentar as razões da apelação.

Apesar de condenado, Rugai permanece em liberdade. Isso porque ele é réu primário e por já ter uma liminar de habeas corpus concedida pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Com a liberdade, porém, a tramitação do processo ocorre mais lentamente já que os tribunais dão prioridade aos réus que estão presos.

A condenação aconteceu pelo placar de quatro a três entre os jurados. "Ele entrou aqui condenado por sete a zero e terminou condenado por quatro a três", afirmou Feller ao término do julgamento. "Isso significa que três de sete jurados acreditaram que a polícia e perícia estavam errados."

O advogado também havia afirmado na ocasião que estudava pedir nulidade do júri por cerceamento de defesa. Feller afirmou que a defesa pediu para que a investigação fosse atrás das imagens do shopping Frei Caneca, onde Gil afirma que estava na hora do crime. As imagens foram apagadas, mas, segundo os advogados, seria possível recuperá-las.

O fato de o juiz ter negado pedir as contas telefônicas de vizinhos, que poderiam provar o horário dos tiros, também foi contestado pela defesa. "Gil não estava na cena do crime na hora que ele aconteceu", afirmou Feller.

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