A defesa de Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, entrou com um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que ele não fique mais internado no Regime Disciplinar Dife­renciado (RDD), em que os presos ficam isolados 22 horas por dia sem contato com o exterior. Marcola é apontado como chefe da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e acusado de ser o mandante dos ataques às forças de segurança de São Paulo em maio de 2006, que deixaram 172 mortos.

CARREGANDO :)

A defesa alega que os fatos que levaram à internação cautelar no RDD, determinada em 2006 a pedido da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, estão prescritos. Afirma ainda que o afastamento para o regime especial, inicialmente por 90 dias, teria como objetivo a instauração de um processo disciplinar – e que um procedimento faltoso prescreve no prazo de dois anos, já decorridos.

Na decisão da Vara de Execuções Criminais de São Paulo, que determinou a internação, consta que "na presença de várias pessoas, Marcola teria afirmado que havia passado ordem para que houvesse represálias por causa de sua transferência [para o presídio de segurança máxima em Presidente Venceslau]" que "atingiriam tanto unidades prisionais quanto a sociedade civil e o estado". Para a Vara, sem a internação no RDD, Marcola poderia "encontrar meios para dar continuidade aos atos mencionados".

Publicidade