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Allan dos Santos

Defesa do Terça Livre entra com novo mandado de segurança no STF para desbloquear contas

Jornalista Allan dos Santos em pronunciamento na CPI das Fake News em 2019 (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

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A defesa do Terça Livre, do jornalista Allan dos Santos, impetrou o quinto mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF), na quinta-feira (7), para tentar desbloquear as contas bancárias da empresa e os perfis em redes sociais. Em junho deste ano, por unanimidade, o STF negou o pedido de desbloqueio das contas em outro recurso apresentado pelos advogados do Terça Livre.

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As decisões do caso, até então, foram relatadas pelo ministro Alexandre de Moraes. Dessa vez, o ministro sorteado para analisar o pedido foi Kassio Nunes Marques. Mas, por causa do recesso do Judiciário, existe a possibilidade de uma decisão ser tomada pelo presidente do Supremo, Luiz Fux, ou pela vice-presidente da Corte, Rosa Weber.

A defesa pediu que, se o ministro responsável pelo caso "estiver impossibilitado de rever a decisão monocrática dos seus pares, que seja o pleito submetido à apreciação do Plenário do Supremo Tribunal Federal, a fim de que uma decisão seja tomada em definitivo". Esse argumento foi utilizado porque já houve decisões no sentido de que a jurisprudência da Corte define que o instrumento jurídico em questão não pode ser impetrado contra ato praticado por ministros do STF.

No mandado de segurança, o advogado Renor Oliver afirmou que as medidas impostas pelo STF ferem à liberdade de expressão: "não cabe ao Judiciário ou a qualquer órgão censor, estabelecer quais são as informações e opiniões que podem circular e ser do acesso do público. Isso somente é pensável em um regime totalitário".

Em outubro de 2021, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva do jornalista. À época, ele também aplicou uma série de medidas cautelares contra Santos, como bloqueio de contas bancárias e suspensão de todas as contas nas redes sociais. Como o Terça Livre é o veículo no qual o jornalista se manifestava, o ministro decidiu aplicar as medidas que, na prática, obrigaram a empresa a fechar suas portas dias após a decisão, gerando o desligamento de cerca de 50 funcionários.

A defesa afirmou que tenta há cerca de nove meses reverter a decisão sobre o veículo. Além disso, o julgamento de outra questão - habeas corpus sobre a prisão do jornalista - está suspenso desde maio desde ano. Mas cinco ministros do STF já se posicionaram contra esse HC.

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