Curitiba – A onze dias do prazo final fixado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a realização das convenções partidárias, as decisões do PDT e do PPS anunciadas ontem praticamente definem o quadro para as eleições presidenciais desse ano.

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Com a indicação do senador Cristovam Buarque (DF) no PDT, são cinco os candidatos confirmados à Presidência da República: Geraldo Alckmin (PSDB), Heloísa Helena (PSol), José Maria Eymael (PSDC), Luciano Bivar (PSL), além do próprio Buarque. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não confirmou oficialmente sua candidatura à reeleição, que será anunciada sábado.

PCO, PV e PSC ainda estudam se lançam candidatos próprios.

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As eventuais candidaturas das três legendas, porém, não devem alterar o quadro eleitoral, que, sem a participação de nomes fortes como o do ex-governador carioca Anthony Garotinho e do deputado Pedro Simon (RS), beneficia o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No PMDB, uma disputa judicial ainda pode garantir a realização de uma convenção nacional para o dia 22 de junho. No entanto, até partidários da candidatura própria não acreditam mais em uma chapa encabeçada por Garotinho.

As regras eleitorais impostas pela Câmara dos Deputados e pelo TSE transformaram uma eventual candidatura à Presidência em um risco à sobrevivência. A verticalização faz com que os partidos tenham de seguir nos estados alianças formadas nacionalmente.

Nesse caso, uma candidatura sem força nacional engessaria as alianças regionais, enfraqueceria o partido nas bases e ameaçaria a eleição para cargos legislativos. A cláusula de barreira determina que só terão representação em 2007 os partidos que conquistarem 5% dos votos nacionalmente (no mínimo 2% em nove estados). Quem não cumprir a determinação, perde representação no Congresso e os recursos do fundo partidário.

Foi esse temor que levou o PSS a abandonar a candidatura do deputado Roberto Freire (PE) e evitar um apoio oficial a Alckmin.

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"O casuísmo da legislação eleitoral, em especial na imposição autoritária da verticalização e da cláusula de barreira, infelizmente impede a coligação formal", afirma uma nota divulgada ontem pela direção do partido.