Mesmo sendo iniciativas positivas dos parlamentares para a fiscalização do uso dos bens públicos, muitas CPIs perdem força por causa de interesses políticos suspeitos.

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Mensalão

No dia 17 de novembro do ano passado chegou ao fim uma das CPIs mais polêmicas da história do Congresso. Instaurada a partir das denúncias de compra de votos no Congresso, por uma série de pressões políticas o relator, o deputado Ibrahim Abi-Ackel (PP MG), acabou não apresentando o relatório final a tempo. Ele chegou a ler o documento, mas fora do prazo estipulado e sem a presença mínima de parlamentares. A investigação continuou de outra forma, no Conselho de Ética. Mas, mesmo com os constantes pareceres favoráveis da comissão pela cassação, dos 19 deputados citados no esquema de mensalão, até agora apenas três foram cassados e outros sete foram absolvidos no plenário da Câmara. A suspeita é da existência de um acordo entre os partidos para livrar os envolvidos no esquema.

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Terra

Nessa comissão, em 2005, montou-se um verdadeiro campo de batalha. De um lado, representantes dos ruralistas. De outro, simpatizantes do MST. O relatório final do relator João Alfredo Telles Melo (PSol- CE), pró-MST, foi derrubado. Um segundo documento, a favor dos ruralistas, saiu vitorioso, mas suas sugestões – como a de definir como ato criminoso a tomada de propriedades por sem-terras – ainda não foram colocadas em prática.