O Procurador-geral de Justiça do Paraná, Milton Riquelme de Macedo, aceitou nesta quarta-feira o pedido de exoneração de Luiz Fernando Delazari do cargo de promotor do Ministério Público do Paraná. O pedido de desligamento foi feito na segunda-feira depois de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anulou a nomeação de Delazari.
O governo do estado agiu rápido e em menos de 20 minutos depois da exoneração, o governador Roberto Requião já estava assinando um novo decreto reconduzindo Delazari à pasta da Segurança. O decreto de número 1268/07 foi levado até a residência oficial do governador, na Granja Canguiri, em mãos pelo chefe da Casa Civil Rafael Iatauro.
Delazari deve se pronunciar sobre sua exoneração do MP e a renomeação nesta quinta-feira.
Com a exoneração de Delazari, ele deixa para trás um cargo vitalício no MP com vencimentos de quase R$ 20 mil em detrimento da função no governo - onde recebe cerca de R$ 12 mil mensais. Delazari, entretanto, não vinha recebendo os quase R$ 20 mil desde fevereiro, por determinação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Luiz Fernando Delazari vem tentando acumular as duas funções desde o início do ano. Por determinação do Conselho, seguindo o que determina a Constituição Federal, um promotor de Justiça não pode exercer cargos no Executivo. Delazari tentou em todas as instâncias administrativas e jurídicas permanecer nas atividades. Em todo o Brasil ele era o único que ainda lutava para acumular as duas funções - outros sete promotores em situação semelhante optaram por uma das funções.