A Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) assumiu a coordenação das investigações do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, ocorrido na semana passada no Rio, segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil. “A medida visa evidenciar o caráter protetivo à menor vítima na condução da investigação, bem como afastar futuros questionamentos de parcialidade no trabalho”, explica o comunicado.
A investigação passa a ser conduzida pela delegada Cristiana Bento, no lugar de Alessandro Thiers, titular da Delegação de Repressão aos Crimes de Informação (DRCI). A mudança atende ao pedido da advogada da vítima, Eloísa Samy, que recorreu à Justiça do Rio e ao Ministério Público com o argumento de que a adolescente foi intimidada pelo delegado durante os depoimentos prestados na sexta-feira (27).
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“A Delegada Cristiana está analisando as provas colhidas até o momento no inquérito policial, incluindo depoimentos e outras diligências realizadas pela Polícia Civil, definindo os próximos passos da investigação”, informa a polícia, no comunicado. Cristina já acompanhava o caso, mas não era a responsável direta pela investigação.
Na tarde de hoje, o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) chegou a divulgar que havia adiado a decisão a respeito do pedido de afastamento.
Sindicato criticou pedido
Neste domingo (29), o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sindepol-RJ) criticou Eloísa. No comunicado divulgado, a entidade afirma repudiar “de forma veemente as declarações impertinentes e oportunistas da advogada, assim como qualquer tipo de ingerência nas investigações do caso”. O Sindepol, segundo a nota, recebe o apoio do Sindicato de Delegados Federais do Rio de Janeiro (SindiPF-RJ).
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