A Delegacia da Mulher de Curitiba tem registrado até 30 boletins de ocorrência de violência doméstica diariamente. A delegada Daniela Antunes Andrade afirma, no entanto, que o total de casos de agressão é maior, mas as queixas não são registradas por medo. Nesta segunda-feira (6) foi apresentado na delegacia um homem preso acusado de manter a ex-mulher em cárcere privado.

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De acordo com as investigações, em abril, Juliano Marins de Almeida, 32 anos, sequestrou a ex-mulher e a manteve presa por dois dias. Neste tempo, ela foi estuprada e torturada, sendo constantemente ameaçada de morte. A moça conseguiu fugir e avisou a polícia.

"Medo de mais agressões e preocupação com os filhos, como, por exemplo, em casos em que os filhos pensam que a mãe mandou prender o pai, impedem a denúncia. A maioria delas não quer que o agressor seja preso e sim que ele seja ‘consertado’ e não repita o crime", disse a delegada.

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Em casos mais graves, onde a mulher corre risco de vida, ela e os filhos são encaminhados para um abrigo até que saia o mandado de prisão e que o agressor seja preso.

Almeida já havia sido condenado por roubo, mas estava em liberdade condicional. Ele também responde inquérito por tráfico de drogas e pode pegar 15 anos de prisão pelos crimes de cárcere privado e estupro.