Foz do Iguaçu - Projetada para abrigar no máximo cinco presos provisórios, a carceragem da 6ª Subdivisão de Polícia Civil, em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, abrigava 30 detidos até o final da tarde de ontem. O problema se repete na custódia da delegacia da Polícia Federal. Com espaço para 14 pessoas, a unidade estava abarrotada ontem, com 43 homens e 21 mulheres. A superlotação nas delegacias da região se deve em grande parte à interdição da Cadeia Pública Laudemir Neves, decretada no dia 9 de agosto do ano passado pela juíza da Vara de Execuções Penais, Luciana Ballalai.
Com metade das galerias desativadas depois de um incêndio em 2006, o cadeião sofre ainda com problemas nas instalações elétrica e hidráulica. No espaço que permanece ativado deveriam ficar provisoriamente no máximo 152 presos, mas em agosto a lotação se aproximou de 350, o que reforçou a necessidade de interdição até que os problemas estruturais sejam resolvidos. O problema é mais grave entre as mulheres. São 143 detentas divididas em 21 celas com capacidade para quatro cada. Por enquanto, não há perspectiva de transferência para unidades femininas.
Para amenizar o problema, o delegado-chefe da Polícia Civil local, Alexandre Macorin, solicitou à Justiça pressa na realocação dos presos para o Centro de Detenção e Ressocialização e para a Cadeia Pública. Por causa da interdição, essa unidade não pode ultrapassar o limite de 320 presos. Em São Miguel do Iguaçu, ontem a delegacia tinha 48 presos em um local destinado a apenas 16. Na vizinha Santa Terezinha de Itaipu, outros sete presos que deveriam estar no cadeião aguardam transferência. Enquanto isso, dependem da família para receber alimentação.
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