O Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol) vai denunciar ao Ministério Público e à Corregedoria da Polícia Civil, nesta terça-feira (2), as unidades que estão mantendo policiais civis em desvio de função – atuando na carceragem e no transporte de presos. A ação faz parte da operação-padrão, iniciada na semana passada, com o objetivo de garantir que os policiais executem exclusivamente trabalhos determinados pelo estatuto da categoria.

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Um levantamento que está sendo concluído vai apontar as delegacias onde há policiais atuando em desvio de função. Segundo o sindicato, pelo menos o Centro de Triagem de Curitiba, uma delegacia em Londrina e uma em Uraí vão ser denunciadas. O Sinclapol vai pedir que os responsáveis pelas unidades – os delegados – sejam responsabilizados administrativamente.

Na semana passada, o comando de greve notificou as 21 subdivisões da Policia Civil, comunicando a realização da operação-padrão e que os delegados seriam responsabilizados em caso de desvio de função. De acordo com o Sinclapol, a adesão é superior a 80% e subdivisões de todas as regiões do Paraná participam da mobilização.

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O próximo passo da operação e garantir que a operação-padrão seja efetivamente cumprida, ou seja, que os policiais civis atuem apenas em atividades determinadas pelo estatuto. "Vamos criar condições para pôr em prática a operação, dentro de uma coerência e responsabilidade. É claro que o policial não vai abandonar a carceragem, se não tiver outra pessoa para assumir o posto. Mas a ideia é que profissionais qualificados atuem na função", disse o presidente do Sinclapol, André Gutierrez.

De acordo com o Sinclapol, vários delegados estão requerendo à Polícia Civil auxiliares de carceragem, para liberar os policiais desta função. "Já tivemos, inclusive, um caso em Laranjeiras do Sul, em que o próprio delegado atuou no transporte de presos. A delegacia só tinha dois encarregados de carceragem e não havia quem levasse detentos ao Fórum e delegado acabou ajudando no transporte", disse Gutierrez.