Cascavel Dois dias depois de nove presos fugirem da cadeia pública de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, outros dois escaparam na madrugada de ontem pelo portão da frente. Foi a quarta fuga neste ano, o que vai levar a delegada Vera Lúcia Tapié a pedir a interdição do prédio. Desde janeiro, 25 detentos fugiram. Quatro foram recapturados e outros três foram encontrados mortos.
Na fuga de ontem, Rociden Retzlaf, conhecido como Tico-Liro, abriu dois cadeados de uma cela provisória e um terceiro de outra cela, de onde libertou o condenado Luiz Sérgio dos Santos, acusado de estupro. A dupla pulou uma janela e chegou à garagem da delegacia, quando a única policial de plantão percebeu a fuga. "Ela ainda tentou impedir a fuga e atirou contra os dois, mas teve que voltar a carceragem para conter os demais detentos", disse a delegada.
Vera Lúcia está aguardando o laudo da perícia de Cascavel para compor o pedido de interdição. Na vistoria feita na segunda-feira os peritos identificaram péssimas condições de higiene, superlotação e estrutura deteriorada. Este será o segundo pedido de interdição encaminhado à Vara de Execuções Penais (VEP) da Comarca de Marechal Cândido Rondon neste ano o primeiro foi indeferido. Ontem, a cadeia construída há cerca de 30 anos abrigava 51 presos, quando sua capacidade é para 18.
