Depois que 11 presos fugiram, num período de três dias, da cadeia pública de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, a delegada Vera Lúcia Tapié resolveu que vai pedir a interdição do prédio por falta de segurança aos funcionários e aos próprios presos.
A fuga de dois presos na madrugada desta terça-feira pelo portão da frente teria sido o estopim. Esta foi a quarta vez que detentos fogem da cadeia. Nas quatro ações, 25 presos ganharam a liberdade, sendo que apenas quatro foram recapturados e outros três encontrados mortos.
A delegada está aguardando o laudo da perícia de Cascavel para compor o pedido de interdição da cadeia pública. Na vistoria feita segunda-feira, os peritos identificaram vários problemas, entre péssimas condições de higiene, superlotação e estrutura deteriorada.
A cadeia construída há mais de trinta anos tem capacidade para 18 presos, mas abriga 51. A delegada espera a colaboração do governo do estado para resolver o problema. "A esperança é construir uma nova delegacia", disse.
A prefeitura se propôs a doar um terreno para a construção de uma nova delegacia e algumas áreas são cogitadas para a doação. A prefeitura, no entanto, diz que a doação só será feita quando houver um protocolo de intenção do estado para construir a delegacia.