Os dois policiais civis e os dois advogados presos na manhã desta segunda-feira (13) em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba (RMC), teriam pedido uma "mesada" de R$ 3 mil para não prender um caminhoneiro da cidade. Além disso, antes, eles já teriam cobrado e recebido um pagamento de R$ 55 mil.
Segundo informações do Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), a extorsão teria começado depois que o homem foi flagrado em um carro com cinco caixas de cigarro contrabandeados no fim do último mês de agosto. A polícia deteve o suspeito em flagrante e ele ficou preso por uma noite. Para liberá-lo da cadeia, o delegado Maurílio Alves e o superintendente Adão Osmário de Almeida teriam exigido a quantia em dinheiro. A ação irregular teria sido mediada por dois advogados que, em teoria, teriam a função de defender o caminhoneiro.
O Gaeco cumpriu mandados de prisão preventiva contra os quatro suspeitos de envolvimento no esquema irregular. O delegado e o superintendente devem ser encaminhados para a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) de Curitiba, onde vão ficar em uma cela reservada para policiais. Já os advogados devem ser levados para o Centro de Detenção e Ressocialização (CDR), em Piraquara.
Até as 17h, ainda restava mais um mandado para ser cumprido. Também foram realizadas buscas e apreensões na casa dos advogados e na delegacia de Campo Largo. As autoridades informaram que em uma das residências foi localizada uma arma de fogo sem registro.
O MP anunciou que outros detalhes da operação ainda não podem ser divulgados, pois foi solicitado sigilo nas investigações.
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